Após ter a sua principal renda cortada pelo governo federal em decorrência da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal, a Associação dos Aposentados e Pensionistas de Santa Cruz do Sul (Apopesc) intensificou ações para aumentar o número de associados. Conforme a gerente da associação, Luana Dick, tal movimento é necessário diante dos desafios enfrentados pela entidade recentemente.
Em meio à investigação do esquema de descontos irregulares em benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a Controladoria-Geral da União suspendeu a autorização de todos os acordos de cobrança de mensalidade associativas. Tal bloqueio impactou as entidades, mesmo as que não estavam sendo investigadas, como a Apopesc, que há 42 anos atua no município.
Sem sua renda principal, a associação passou a reforçar uma campanha de conscientização e promover ações em parceria com entidades públicas e privadas. Também está contatando os associados no intuito de ampliar a visibilidade e evidenciar a importância dos serviços prestados à comunidade.
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“A principal razão dessa mobilização é a necessidade de manter a sustentabilidade da entidade. Após o bloqueio de repasses provenientes da consignação em folha – que sempre foi nossa principal fonte de receita –, precisamos fortalecer a base de associados contribuintes, garantindo a continuidade dos atendimentos e projetos oferecidos pela associação”, explica Luana.
Diante da suspensão dos repasses, que comprometeu seu orçamento, a associação foi obrigada a readequar contratos, cortar despesas e buscar alternativas para manter os atendimentos. E para diversificar as suas fontes de renda, a Apopesc está incentivando o pagamento por meio de carnê, Pix ou depósito bancário. Também tem estipulado novos valores, sendo R$ 25,00 o plano individual e R$ 40,00 o familiar.
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Até o momento, os repasses via desconto em folha continuam suspensos. “Esse corte tem impacto direto sobre nossa capacidade de planejamento financeiro e manutenção de serviços essenciais. Um número considerável de beneficiários da Previdência já procurou a entidade para fazer o recadastro”, afirma a gerente.
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Para saber
A Apopesc é presidia por Natalino Bucher e oferece uma série de benefícios para os associados. Em sua sede, situada na Rua Sete de Setembro, 503, Centro, há atendimento de clínico-geral, dentista, pilates, alongamento, fisioterapia e nutricionista.
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A entidade conta com uma equipe e estrutura disponível para ajudar na declaração do Imposto de Renda e atendimento jurídico. A Apopesc ainda costuma realizar excursões e atividades de integração, e oferece planos de celular.
Outros benefícios são os descontos de até 50% no atendimento com diversos especialistas. Há ainda desconto de até 45% em exames de laboratório e 30% nos de imagem. Para se associar à Apopesc, basta visitar a sede. Os telefones para contato são (51) 3717 2736, (51) 99990 6044 e (51) 99990 6073.
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Reforço no orçamento
O governo deve publicar, nos próximos dias, uma Medida Provisória (MP) que abre crédito extraordinário de cerca de R$ 3 bilhões no orçamento deste ano. O dinheiro servirá para ressarcir parte dos valores descontados ilegalmente dos benefícios previdenciários pagos pelo INSS.
Adotada pelos presidentes da República em casos de relevância e urgência, as medidas provisórias produzem efeitos a partir do momento em que são publicadas no Diário Oficial da União. Contudo, têm que ser aprovadas pela Câmara dos Deputados e Senado em até 120 dias para que se transformem definitivamente em leis ou perdem a eficácia.
Já a abertura de crédito extraordinário é admitida para atender despesas imprevisíveis e urgentes. “Esta é uma crise grave que indignou a todos”, disse o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz. Segundo ele, somando os valores descontados, o valor corrigido seria de R$ 2,6 bilhões.
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Os R$ 400 milhões restantes do crédito extraordinário vão servir para, eventualmente, ressarcir vítimas indígenas, quilombolas e que tenham sido alvo dos golpes e não questionaram o desconto. (Agência Brasil)
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