Rádios ao vivo

Leia a Gazeta Digital

Publicidade

economia

Após repercussão negativa, governo federal decide recuar das mudanças no IOF

BC alerta sobre aumento de golpes no Sistema de Valores a Receber

Foto: José Cruz/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nessa sexta-feira, 23, que o recuo do governo sobre a cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para aplicação de investimentos de fundos brasileiros no exterior visou evitar especulações. Segundo ele, o governo contou com colaboração de parceiros para “corrigir rotas” e não quer “inibir investimentos no exterior”.

LEIA TAMBÉM: Deputados vão pressionar o governo federal sobre a securitização da dívida dos produtores rurais

“Tivemos subsídios de pessoas do mercado dizendo que o IOF poderia acarretar problemas”, afirmou. Haddad disse ainda que não considerou a reação do mercado exagerada, como em dezembro do ano passado. “Dada a repercussão, tivemos que ser rápidos na revisão”, afirmou em coletiva à imprensa.
O ministro destacou que o conjunto de medidas anunciadas na quinta-feira, 22, soma cerca de R$ 50 bilhões, para “fechar o ano”. Ele reconheceu que o governo poderá ter de ajustar o congelamento de recursos em cerca de R$ 2 bilhões devido ao recuo na cobrança do IOF.

Publicidade

O que aconteceu

Na quinta-feira, 22, a equipe econômica anunciou uma série de mudanças no IOF, incluindo a criação de uma alíquota de 3,5% para aplicação de investimentos de fundos brasileiros no exterior. Diante da repercussão fortemente negativa entre agentes do mercado financeiro, a Fazenda recuou da proposta ainda na noite de quinta, por meio de uma publicação no X. Com a decisão, permanece em vigor a alíquota zero.

A pasta também recuou em mudanças anunciadas nas remessas destinadas a investimentos por pessoas físicas. Nesse caso, também será mantida a alíquota atual, de 1,1%. Estima-se que o recuo no IOF tem impacto de menos de 10% no total da arrecadação prevista com as alterações no tributo, de R$ 20,5 bilhões neste ano e R$ 41 bilhões em 2026.

Medida afeta setor industrial

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) criticou as mudanças no IOF. Segundo os economistas da federação, a medida eleva custos, inibe os investimentos e prejudica o crescimento.
Entendem que a consequência será o aumento dos custos das empresas, incluindo o setor industrial, já penalizado, conforme a Fiesp, pela desigualdade tributária e dificuldade de acesso ao crédito, em especial num ambiente de juros mais altos.

Publicidade

“O efeito será muito negativo sobre a atividade econômica e vai inibir investimentos”, aponta a entidade. Apesar do recuo do governo na elevação do IOF sobre investimentos no exterior, a Fiesp frisou que nenhuma alteração foi anunciada em relação às medidas que oneram as operações de crédito por parte das empresas.

LEIA MAIS DAS ÚLTIMAS NOTÍCIAS

quer receber notícias de Santa Cruz do Sul e região no seu celular? Entre no NOSSO NOVO CANAL DO WhatsApp CLICANDO AQUI 📲 OU, no Telegram, em: t.me/portal_gaz. Ainda não é assinante Gazeta? Clique aqui e faça agora!

Publicidade

Aviso de cookies

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdos de seu interesse. Para saber mais, consulte a nossa Política de Privacidade.