Sem registro de ocorrências atendidas nas últimas horas pelo Gabinete de Crise Regional de Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, agentes da Defesa Civil começaram a visitar municípios da região na manhã deste domingo, 29. A ideia é colocar as equipes à disposição e avaliar eventuais riscos ou necessidades para resolução de problemas pontuais – já que as cidades não enfrentam estragos após a chuva registrada desde a tarde de sábado, 28.
O volume de água ficou abaixo do esperado para as últimas horas. As previsões indicavam que o total poderia chegar a 150 milímetros, o que não se confirmou. Os maiores volumes foram atingidos em Sobradinho (73 milímetros), Sinimbu (66 milímetros) e Passa Sete (65 milímetros).
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Duas equipes se dividem nas visitas feitas pela 8ª Coordenadoria Regional de Proteção e Defesa Civil (8ª Crepdec) neste domingo. Uma das primeiras paradas foi em Rio Pardo, única cidade da região onde há famílias fora de casa. São 98 pessoas desabrigadas e 200 desalojadas desde a semana passada, quando o Rio Pardo e o Rio Pardinho saíram do leito e invadiram ruas e residências. Elas permanecem fora de casa por medida de prevenção, já que a água já baixou.
“As famílias foram retiradas preventivamente, antes de a água chegar às residências. São pessoas que vivem perto do rio e já conhecem o movimento das águas”, explica o assessor técnico da 8ª Crepdec, sargento Aguiar Luis da Silva Araújo, que integra um dos grupos.
A equipe que iniciou o roteiro por Rio Pardo ainda passará por Pantano Grande, Encruzilhada do Sul, General Câmara e Venâncio Aires. O outro time visitará Vale do Sol, Candelária, Sobradinho e Tunas.
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Monitoramento
Na manhã deste domingo, 29, o Rio Jacuí, em Rio Pardo, estava em 13,4 metros, já acima da cota de inundação, mas sem atingir casas. Já o Rio Pardinho, em Santa Cruz do Sul, marcava 4,7 metros – ele sai do leito após os 7 metros. Os cursos de água da região são considerados sob controle, sem risco de inundações, já que não há mais previsão de grandes volumes de chuva para o Vale do Rio Pardo.
Diante disso, o Gabinete de Crise de Santa Cruz do Sul será desmobilizado ao longo do dia. “Todos esperávamos um comportamento diferente do tempo, mas felizmente não se confirmou. A gente sempre espera que essas previsões não aconteçam, mas nossa obrigação é estarmos preparados para caso ocorram ou se mostrem maiores do que o esperado. Essa experiência e esse convívio são muito ricos, porque estaremos melhor preparados para os próximos eventos extremos”, diz o coordenador do Gabinete de Crise, tenente-coronel Vanderlan Frank Carvalho.
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Além da Defesa Civil, o contingente reunido em Santa Cruz do Sul abrange Brigada Militar (BM) e Corpo de Bombeiros Militar (CBMRS), totalizando 198 agentes, 51 viaturas militares e 11 embarcações. Há ainda uma aeronave da BM à disposição e, se necessário, apoio do Exército. O número total de pessoas envolvidas, o que inclui outras secretarias, passa de 400.
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