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Armindo Antônio Ranzolin morre aos 84 anos em Porto Alegre

Foto: Reprodução

Antônio Armindo Ranzolin foi um dos nomes mais importantes do rádio gaúcho

Armindo Antônio Ranzolin morreu aos 84 anos, nesta quarta-feira, 17, em Porto Alegre, após complicações do Alzheimer. Ele estava internado desde o domingo, 14, Dia dos Pais. Ranzolin deixa a mulher, Yara, os filhos Cristina e Ricardo, os netos Henrique, Manoela e Antônia. Ranzolin foi a voz que eternizou as conquistas do tri brasileiro do Inter, de duas Libertadores e do Mundial do Grêmio e do tetra da Seleção Brasileira.

Saiba um pouco da trajetória de Ranzolin

Ranzolin nutria o sonho de ser narrador ainda na infância em Lages (SC).  A família era de Flores da Cunha, mas ele nasceu em Caxias do Sul no dia 8 de dezembro de 1937. Aos 20 anos, mudou-se para Porto Alegre para estudar. Formou-se em Direito na UFRGS, em 1964, mas nunca abandonou a ideia de ser locutor. Cinco anos antes, fez testes na Rádio Guaíba. Levava um gravador para Olímpico e Eucaliptos e narrava jogos que só ele e o diretor da rádio, Osmar Meletti, ouviam. Numa tarde, foi chamado às pressas para ser repórter de campo e não foi bem. Atrapalhou-se demais, e Mendes Ribeiro, outro diretor da Guaíba, o chamou para dizer que ele ainda estava “muito verde”.

A oportunidade, então, veio na Rádio Difusora. Como narrador, passou a ganhar destaque e chegou a subdiretor da rádio. Ao colocar no ar uma entrevista com o trabalhista Sereno Chaise, em 1964, desagradou os militares, sofreu pressão e, sem apoio da rádio, foi embora. Naquele ano, foi para a Farroupilha, onde seguiria como narrador, e também seria apresentador e diretor da TV Piratini. Ficou até 1969, quando assumiu como segundo locutor da Guaíba.

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Após a morte de Pedro Carneiro Pereira, narrador número 1 da Guaíba, em 1973, Ranzolin passa a ser o principal locutor do Estado. Onze anos depois, chegou à casa que o acolheu por 22 anos. Em 1984, a Gaúcha anunciou em página inteira de Zero Hora a contratação do “narrador dos gaúchos”. Além das transmissões das partidas, fazia comentários ao meio-dia, em que consagrou o bordão “Alô, amigos”, coordenava as jornadas esportivas e dirigia a rádio.

A despedida das narrações de jogos veio no fim de 1995, na final do Mundial de Clubes entre Grêmio e Ajax. Três anos antes, ele já havia assumido a apresentação do programa Gaúcha Atualidade, justamente no lugar do amigo Mendes Ribeiro, que o considerou “verde” em 1959. Em 2006, após uma viagem de férias com a mulher, Yara, por Austrália, Nova Zelândia e Taiti, reuniu a família e comunicou a decisão de se aposentar. No dia 6 de dezembro, foi aplaudido no ar pelos colegas e deixou o companheiro microfone para descansar ao lado dos filhos e netos. Tempos depois, veio o diagnóstico de Alzheimer. 

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