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FESTIVAL DE CINEMA DE GRAMADO

Artistas destacam mobilização para fomentar o setor audiovisual no interior do Estado

Eduardo Moscovis foi um dos artistas que circularam pelo tapete vermelho da Rua Coberta durante a programação do festival

Eduardo Moscovis foi um dos artistas que circularam pelo tapete vermelho da Rua Coberta durante a programação do festival Foto oficial: Edison Vara/Ag.Pressphoto

Entre os dias 15 e 18 de agosto, a Gazeta do Sul esteve no 53º Festival de Cinema de Gramado para acompanhar a presença de realizadores de Santa Cruz do Sul que apresentaram seus trabalhos nas telas do evento. Enquanto a programação acontecia, artistas de todo o País desfilaram pelo tapete vermelho da Rua Coberta, tiraram fotos com fãs e falaram com a imprensa. 

Durante os quatro dias, a reportagem acompanhou os bastidores do evento e entrevistou alguns dos artistas que marcaram presença no maior festival de cinema no Brasil. Eles comentaram a importância da mobilização que municípios como Santa Cruz do Sul têm feito para fomentar o audiovisual a partir de iniciativas como a Film Commission, o Polo Audiovisual e o Festival de Cinema.

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Celebridades

Gero Camilo | Foto: Julian Kober

O cearense Gero Camilo (Cidade de Deus, Carandiru e Bicho de Sete Cabeças) esteve pela primeira vez na Serra Gaúcha para acompanhar o 53º Festival de Cinema de Gramado. “Acharam que era mentira minha, porque eu sou um rosto muito conhecido aqui, meus filmes já passaram por aqui. A emoção era eu conhecer vocês, porque vocês já me conheciam”, afirmou.

Camilo protagonizou Papagaios, de Douglas Soares, que teve sua estreia nacional no Palácio dos Festivais. Ele interpreta Tunico, um “papagaio de pirata” que persegue repórteres para aparecer na televisão. Para dar as caras, vale tudo: tragédias, velórios de famosos ou noticiários. Após uma reportagem sobre um acidente em um parque de diversões, ele conhece um jovem que se torna seu aprendiz. “É um filme que me arrebata bastante e tem muito a ver com esse festival. Ou seja, um momento de muita completude para a minha trajetória.”

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Após ser convidado a visitar Santa Cruz do Sul e ser informado sobre a consolidação do município no setor audiovisual, Camilo salientou que esse movimento é fundamental. Na sua avaliação, é necessário que os municípios entendam que o investimento em cultura fortalece a economia e estimula a população a entender sua própria história. 

“É importantíssimo que as cidades entendam que o cinema está em todos os lugares, tanto na possibilidade de projeção quanto de criação. Além de entender que ele não é feito em um único polo, que não se faz apenas no Rio de Janeiro ou São Paulo.”

Ator Edson Celulari | Foto oficial: Cleiton Thiele/Ag.Pressphoto

O ator Edson Celulari esteve na mostra paralela do Festival de Gramado para apresentar a sua estreia como diretor de longa-metragem. Seu filme, Área de Risco, foi exibido na manhã dessa terça-feira, 19, no Teatro Elisabeth Rosenfeld. Ele também é integrante da equipe de jurados de longas-metragens nacionais. 

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“É um orgulho participar do maior festival de cinema que o nosso País tem. Gramado faz parte da história do audiovisual brasileiro”, afirmou o artista à Gazeta do Sul.

Celulari tem uma conexão com o Vale do Rio Pardo. Sua mãe, Enoy Celulari, é de Candelária e completou 90 anos no mês de junho. Em 2005, ele esteve em Santa Cruz do Sul para filmar Diário do Novo Mundo, de Paulo Nascimento, e elogiou o avanço do audiovisual no município. “Parabéns a Santa Cruz.”

Tabajara Ruas

O cineasta e escritor gaúcho Tabajara Ruas (Netto Perde sua Alma e A Cabeça de Gumercindo Saraiva) também marcou presença em Gramado durante o festival. Sua visita teve o objetivo de tratar sobre o cinema do Estado, que, na sua avaliação, não está sendo valorizado devidamente. “Eu vim para conversar e tratar algumas ideias e ver o que se pode fazer pelo nosso cinema.”

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Ruas, que já esteve em diversas edições do Festival Santa Cruz de Cinema, considera fundamental o movimento feito pelo Polo Audiovisual e a Film Commission para fomentar as produções locais e servir de locação de filmagens. “É necessário que isso continue e avance sempre.”

Ator Eduardo Moscovis | Foto: Cleiton Thiele/Ag.Pressphoto

Quem também esteve no Palácio dos Festivais foi o ator Eduardo Moscovis (Bom Dia, Verônica e novelas como O Cravo e a Rosa), protagonista de Querido Mundo, dirigido por Miguel Falabella. Juntamente com as colegas Malu Galli e Danielle Winits, caminhou pelo tapete vermelho e marcou sua presença na calçada da fama de Gramado.

Em conversa com jornalistas, falou sobre como é ser dirigido por Falabella. Considerou o filme ousado e não soube responder o que o público pode esperar da obra. “Parece que ele é uma marca de fazer cinema, com uma linguagem completamente diferente”, afirmou. 

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À Gazeta do Sul, falou sobre o movimento que municípios como Santa Cruz do Sul têm feito para atrair produções audiovisuais e enfatizou a dificuldade enfrentada para achar locações e sem tantas intervenções. 

Moscovis citou o caso de Montevideo (Uruguai), onde filmou duas vezes. “E isso acontece também com o nosso interior. Não precisamos ir para fora. Tudo o que a gente quer é que se polarize isso, que saia dos grandes centros para os interiores.”

Produtora Mariza Leão | Foto oficial: Edison Vara/Ag.Pressphoto

Entre os homenageados da 53º edição do festival estava a produtora Mariza Leão, que recebeu o Troféu Eduardo Abelin, reconhecimento pela atuação em prol do cinema brasileiro. 

Considerada uma das maiores produtoras do País, Mariza iniciou a carreira há 50 anos, quando fundou, ao lado de Sérgio Rezende, a Morena Filmes. Também foi a primeira diretora-geral da Riofilme e presidente do Sindicato Interestadual da Indústria Audiovisual (Sicav). Foi responsável por grandes sucessos, incluindo a trilogia De Pernas Para o Ar e Meu Passado me Condena, além de Meu Nome Não é Johnny. 

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O prêmio foi entregue pelo ator Eduardo Moscovis na noite de segunda-feira, no Palácio dos Festivais. Ressaltou que Abelin, que leva o nome da honraria, lançou os pilares do cinema gaúcho. “Cinquenta anos se passaram. E ao longo desse período, mais de 50 obras foram levadas ao público com o desejo sempre permanente de criar laços entre o audiovisual e o povo brasileiro”, afirmou.

Em entrevista à Gazeta do Sul, a produtora destacou o fato de que o interior do País tem se mobilizado com a criação de Film Commissions para atrair produções cinematográficas e fomentar o setor. “Quanto mais a política pública, seja municipal, estadual, federal, impulsionar a indústria cultural e audiovisual, mais o Brasil terá soberania. Não adianta discutir soberania sem incluir a cultura, especialmente o audiovisual”, defendeu Mariza.

Miguel Falabella | Foto: Edison Vara/Ag.Pressphoto

Eterno Caco Antibes de Sai de Baixo, Miguel Falabella evidenciou seu talento como diretor no filme Querido Mundo, que integra a mostra competitiva de longas-metragens brasileiros. Na trama, os mundos de Elsa (Malu Galli) e Oswaldo (Eduardo Moscovis) se unem após a queda de uma ponte durante uma tempestade. Eles acabam por se encontrar no Rio de Janeiro, às vésperas do Ano Novo, nos escombros de um prédio abandonado.

No tapete vermelho da Rua Coberta, Falabella considerou o filme um trabalho único, por ser uma experimentação que une teatro e cinema, baseada em uma peça da qual participou na década de 1990. “Tive dificuldades, porque não é um filme mercadológico, é uma comédia gótica, uma coisa bizarra. E nós tivemos um elenco muito especial, que entrou de cabeça e comprou a loucura”, disse.

Em entrevista à Gazeta do Sul, ficou sabendo sobre o desenvolvimento do setor audiovisual em Santa Cruz do Sul. “Acho genial e de suma importância. Isso estimula e faz a produção crescer, e faz talentos surgirem.”

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