Leitor fez contato com a Gazeta do Sul nessa sexta-feira, 2, e se disse estarrecido com o aterramento dos piscinões no Bairro Várzea. Ele entende como “muito grave, para não dizer escandaloso” esse acontecimento, que tende a colocar sob risco o patrimônio e a segurança de milhares de pessoas, moradoras da redondeza, na primeira chuva mais forte que se registrar. E disse concordar com o ex-prefeito José Alberto Wenzel em suas manifestações na Gazeta do Sul de sexta-feira, quando este lembrou dos incidentes com enchentes verificados no período anterior à construção dos piscinões.
O leitor questionou ainda a forma sorrateira como os aterros foram realizados, e já desde março. “Mas ninguém viu?”, indaga. “Nem poder público? Nem Ministério Público? Nem lideranças daquela área? Todo mundo fechou o olho? E os problemas que virão? A quem deverão ser atribuídos? Não fosse a Gazeta ter alertado para o fato, como acabaríamos?”, desabafou. Ressaltou que a fiscalização costuma agir em tantas situações, mas que nesta, pelo visto, omitiu-se de forma bastante grave.
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O que diz o Ministério Público
Após a publicação da fala do leitor, na edição impressa da Gazeta do Sul deste fim de semana, o promotor de Defesa Comunitária de Santa Cruz, Érico Barin, se manifestou. À reportagem, ele afirmou que um procedimento já foi instaurado após a veiculação da reportagem.
“Quanto ao ‘não termos visto’, é preciso pontuar que o MP não tem estrutura e nem atribuição de fiscalização preventiva. Embora algumas investigações sejam instauradas de ofício, quando percebo diretamente os indícios, na grande maioria dos casos somos provocados”, destacou. O promotor explicou que nenhuma denúncia havia sido encaminhada ao Ministério Público até então.
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