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SANTA CRUZ

Atividade no fim de semana propõe repensar a relação da cidade com os meios de transporte

Dentre as atividades, destaque para a escolinha de trânsito, que ensinou normas de segurança para as crianças de forma divertida

Dentre as atividades, destaque para a escolinha de trânsito, que ensinou normas de segurança para as crianças de forma divertida

O clube Santa Ciclismo promoveu, em parceria com o Programa Trânsito Vida e o Programa Guarda Costas, da Guarda Municipal de Santa Cruz, mais uma série de atividades para repensar a relação com a cidade e os meios de transporte. Na manhã de sábado, 27, também com o intuito de lembrar a passagem do Dia Mundial Sem Carro, em 22 de setembro, foi promovida uma programação especial na Praça da Bandeira. A ação uniu conscientização, aprendizado e diversão e oportunizou a integração de famílias e de ciclistas das mais diversas idades.

No entorno da praça, a escolinha de trânsito do Programa Trânsito Vida chamou a atenção das crianças, que puderam aprender de forma divertida algumas normas de segurança, como as cores do semáforo, as placas de sinalização e as faixas de segurança. Também foi promovido um passeio ciclístico, que contou com a participação de aproximadamente 150 pessoas, em um curto trajeto entre a Praça da Bandeira e o Parque da Oktoberfest. Essas e outras ações, como o quiz sobre mobilidade urbana (com brindes) e o bate-papo sobre Mobilidade ativa e benefícios para corpo e mente, com a fisioterapeuta Tânia Zanella e o psicólogo Carlos Franzen, ainda chamaram atenção para a necessidade de se valorizar escolhas mais saudáveis e sustentáveis.

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De acordo com os diretores do departamento de mobilidade urbana do Santa Ciclismo, Fernanda Antonio e Urgel Gorziza de Souza, ações como essa visam, sobretudo, mudar a cultura do uso exclusivo do carro como meio de transporte. “Enquanto departamento de mobilidade urbana, buscamos incentivar o pessoal a não só andar de bicicleta, mas também a se deslocar a pé, andar de ônibus, de carona, que é o que a gente chama de mobilidade ativa”, disse Fernanda, explicando que por mobilidade ativa se entende o deslocamento urbano sem um veículo motorizado. “Pode ser skate, patinete, roller, caminhada, enfim, qualquer veículo sem motor”, acrescenta.

Urgel e Fernanda, diretores do departamento de mobilidade urbana do Santa Ciclismo | Fotos: Inor Assmann

Além de reduzir o número de veículos nas ruas e de melhorar o fluxo do trânsito, eles lembram dos benefícios. “Uso a bicicleta como meio de transporte há muito tempo. A gente sente os reflexos no corpo já nos primeiros dias e muda também o deslocamento em si; fica mais rápido, mais limpo e mais saudável de bicicleta”, diz Urgel. Já Fernanda observa que muda também a relação com a cidade. “Quando eu tô de bike, sinto um bem-estar maior, aumenta a disposição, a interação com a cidade, com as pessoas na cidade; isso acaba sendo muito mais efetivo na bicicleta do que no carro. E a gente tem um olhar também muito mais sensível e mais próximo quando está usando a bicicleta ou andando a pé”, evidenciou.

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Exemplo de casa

O militar Ariosto Silveira, 50 anos, participou do passeio ciclístico com três de seus quatro filhos: João, de 8; Beatriz, de 5; e Helena, de 2. Morando há um ano em Santa Cruz do Sul, ele conta que costuma aproveitar os fins de semana com a esposa e as crianças para praticar atividades ao ar livre, como uma pedalada. “Cada um tem a sua bike. A gente gosta de proporcionar isso para eles, não apenas pela locomoção, mas também pela saúde e o desenvolvimento”, informou.

Para Silveira, atividades como o Dia Mundial Sem Carro são importantes e, no seu entender, deveriam haver mais eventos do gênero. “A cidade também poderia estar mais bem preparada na região do centro. Poderia haver uma adequação no trânsito e, quem sabe, se criar mais espaços para o ciclista circular”, sugeriu.

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Há benefícios, mas e o uso?

A fisioterapeuta Tânia Zanella, praticante de ciclismo desde 2021, participou do bate-papo sobre Mobilidade ativa e benefícios para corpo e mente durante a programação de sábado. Vice-campeã gaúcha de mountain bike (modalidade XCO) em 2022, ela evidenciou em sua fala que existe um paradoxo entre saber dos benefícios de usar a bicicleta e de não usá-la. “Por que as pessoas não fazem o uso, uma vez que a gente sabe dos benefícios? Então, não é só sobre falar para as pessoas fazerem, mas entender o porquê que elas não fazem”, relatou.

Muito mais que deixar como mensagem o incentivo de usar a bicicleta, Tânia lembra que há outras barreiras relacionadas às políticas públicas e às questões sociais de precisar usar o carro porque o dia a dia não permite que se faça o deslocamento de bicicleta. No entanto, ao mencionar os benefícios, cita primeiramente a mudança no humor. “Uma vez que você pratica a atividade física, tem essa percepção imediata. Quando se está estressado e sai para pedalar ou caminhar, todo mundo relata que se sente melhor. E esse é o benefício do dia, no momento em que se faz essa prática”, sublinha.

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