O Auditório da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Smec) foi palco, na tarde desta quarta-feira, 26, da primeira troca de faixa dos atletas do Judô que fazem parte do projeto realizado pela Smec, através do Programa AABB Comunidade e Associação de Judô Santa Cruz (Ajusc)/Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). O evento contou com a presença de 40 atletas das escolas municipais Guido Herberts e Menino Deus.
A troca de faixa, de branca para cinza, representa a evolução técnica do praticante. Esta, além de sua função principal, que é ajustar o kimono (vestimenta usada pelos judocas) ao corpo evitando folgas em excesso, possui uma cor e cada uma delas denomina o nível técnico do lutador, quanto mais escura maior o nível. Segundo o secretário de Educação e Cultura, Nasário Bohnen, o momento é uma riqueza de oportunidade para a juventude que vive em vulnerabilidade social. “Percebemos a grandeza que é a prática do Judô, que se torna fundamental para abrir portas. Realizaremos um encontro entre a Ajusc e os professores das escolas para divulgar ainda mais a prática esportiva”, disse.
O evento, além de destacar atletas que por suas habilidades mostram-se aptos para promoção de faixa, traz como objetivo o fortalecimento do físico, da mente e do espírito, de forma harmônica. O Judô é uma arte marcial japonesa que significa ju suave e dô caminho, ou seja, caminho suave. Durante a solenidade os alunos fizeram demonstrações de três técnicas, coordenadas pelo professor Paulo Barros.
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Apesar de ser uma modalidade individual, prioriza o trabalho em grupo, a amizade e a disciplina. Segundo a Unesco, é o melhor esporte como formação inicial para as crianças e jovens de 4 a 21 anos, já que promove uma educação física integral. O esporte permite, através do conhecimento e prática regular do mesmo, o aprimoramento de todas as possibilidades psicomotoras. Já o Comitê Olímpico Internacional (COI) considerou o judô o esporte mais completo, por promover os valores da amizade, participação, respeito e esforço para melhorar.
O projeto
A Ajusc atua há 14 anos com a prática de Judô. Atualmente atende 600 alunos, deste número, 500 são dos projetos sociais dos Centros de Convivência Bom Jesus e Beckemkamp, AABB Comunidade, Centro Marista, Centro Integrado Entre Gerações (Cieg) de Rio Pardinho, Abrigo Municipal e Vila do Rosário de Rio Pardo. “A troca de faixas dos atletas representa a responsabilidade assumida perante a prática do Judô. O judoca se diferencia pelo comportamento e pela educação”, destacou o diretor técnico da Ajusc, Carlos Eurico Pereira.
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A judoca Roberta Luiza Eidt, de 14 anos, moradora da Várzea e estudante da Escola Guido Herberts, participa desde novembro de 2014 do projeto, através do AABB Comunidade. “É uma alegria muito grande receber a faixa. Pretendo seguir até conquistar a faixa preta”, comentou.