Em agosto, completam-se dois anos desde que a Azul Linhas Aéreas começou a operar voos entre Santa Cruz do Sul e Porto Alegre. Porém, a baixa procura por passagens causa preocupação quanto à permanência da linha. Em abril, a Agência Nacional de Aviação divulgou um relatório sobre a procura por voos em todo o Brasil. O levantamento apontou que o trajeto entre Santa Cruz e a capital aparece como o sexto com menor ocupação no País. Em 2022, a taxa média de passageiros foi de apenas 19,96%. Contudo, a Azul descarta um possível encerramento de atividades.
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De acordo com a companhia aérea, atualmente, a Azul conta com três frequências semanais para as viagens entre Porto Alegre e Santa Cruz: às segundas, quartas e sextas-feiras, às 13h40. O retorno ocorre nos mesmos dias, às 14h55. “Não há previsão de encerramento das atividades. A Azul afirma que, como empresa competitiva, está atenta ao mercado e constantemente avalia as possibilidades de demanda na região, além de estar antenada às novas possibilidades de negócios e incremento em sua malha”, informou.
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Para o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Marcio Martins, estar inserido dentro da malha aérea do País é muito importante para um município com o porte de Santa Cruz do Sul. “Ainda mais quando falamos em nos tornar um polo de turismo e negócios regional e estadual”, salienta.
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Melhorias na estrutura do aeroporto
No final de março, a prefeita Helena Hermany e o presidente da Associação Comercial e Industrial (ACI) de Santa Cruz, que é também secretário de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade, Cesar Cechinato, foram a Brasília para pleitear melhorias no Aeroporto Luiz Beck da Silva.
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Segundo Helena, trata-se de uma reivindicação antiga do setor empresarial. Entre as solicitações, estão a ampliação da pista e o balizamento noturno. “Precisamos adequar o nosso aeroporto para que possamos, cada vez mais, receber empresários, turistas e mais eventos. Com certeza, isso vai promover desenvolvimento não só para Santa Cruz, mas para toda a nossa região”, disse a prefeita.
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Cechinato lembrou que o aeroporto local estava inserido no Programa de Desenvolvimento da Aviação Regional (PDAR), de 2014. Com o contingenciamento de recursos do governo federal em 2016, o projeto chegou ao quarto de sete estágios – a licitação pelo Banco do Brasil do licenciamento ambiental. “Santa Cruz e os vales do Rio Pardo e do Taquari merecem um aeroporto em boas condições para que essas regiões se desenvolvam, não apenas nas questões econômicas, mas também nas sociais”, avaliou.
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