Com a chuva abaixo da média em dezembro, o desenvolvimento das lavouras de soja tem sido comprometido em algumas regiões. Os registros são de crescimento com lentidão e mortalidade de plantas em diversos locais do Rio Grande do Sul. No Baixo Vale do Rio Pardo, onde são cultivados 223 mil hectares, muitos produtores também interromperam a semeadura em virtude da falta de umidade.
Em Rio Pardo, a perspectiva é de que sejam cultivados 76.370 hectares na safra 2025/26, mas no momento foi plantada apenas 35% dessa área. O atraso se deve à falta de chuva. Com a expectativa, conforme as previsões, de alguma reposição hídrica entre esta segunda e terça-feira, 15 e 16, a semeadura poderá ser intensificada nos próximos dias.
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De acordo com o chefe do escritório da Emater/RS-Ascar de Rio Pardo, Matias Streck, o forte calor dos últimos dias causou prejuízos nas lavouras onde as plantas já haviam germinado. “Temos morte de plantas em algumas áreas e falta de germinação em outra.”
A área de cultivo no município continua a mesma do ano passado. “Só vamos ter um plantio de soja um pouco mais tardio, pois a área de milho do cedo aumentou, justamente como uma alternativa encontrada pelo produtor para fugir dos problemas de seca”, explica Matias. “Como ocupam a mesma área, a soja safrinha é plantada após a colheita desse milho, na virada do ano.”
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Já na regional da Emater de Soledade, aproximadamente 90% da área de 502 mil hectares havia sido semeada antes da chuva. Segundo o assistente técnico regional, Josemar Parise, a conclusão do plantio só não ocorreu em razão do baixo teor de umidade do solo. “O quadro geral das lavouras é de normalidade, apesar do forte calor dos últimos dias, que causou queima das folhas de forma pontual.”
Parise frisa que, de maneira geral, as lavouras estão bem estabelecidas e com um desenvolvimento inicial satisfatório. Ele enfatiza que a semeadura ainda está dentro do período recomendado pelo zoneamento agrícola, que se encerrará no fim de janeiro.
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Atividade ainda é rentável
Para a próxima safra, a área de plantio teve um pequeno acréscimo na região da Emater/RS-Ascar de Soledade, que compreende 39 municípios das regiões Centro-Serra, Baixo Vale do Rio Pardo e Alto da Serra do Botucaraí.
Segundo Josemar Parise, apesar das sucessivas estiagens e de certas limitações no crédito, a atividade ainda é rentável, embora o preço esteja em patamares abaixo dos valores históricos. “E ainda mais havendo normalidade das condições climáticas durante o ciclo que inicia.”
No Estado, a projeção da Emater para a safra 2025/26 é de que sejam cultivados 6.742.236 hectares, com produtividade média de 3.180 quilos por hectare. O valor médio da saca está em R$ 62,68.
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