Da mesma forma que em outros municípios do Vale do Rio Pardo, a dengue avança em ritmo preocupante em Candelária. Até o dia 29 de maio, o município registrou 256 casos positivos da doença, sendo um deles de uma infestação em outra cidade. O bairro com maior número de casos é o Princesa, com 59 confirmados. Em comparação com Santa Cruz do Sul, que possuía 144 registros positivos até 26 de maio, Candelária contabilizou mais de 100 positivos a mais, mesmo tendo 100 mil habitantes a menos.
Conforme o fiscal sanitário e coordenador de Vigilância em Saúde, Leonardo Santos Ribeiro, no ano passado foram registrados 228 pacientes positivos em Candelária. Ele acredita que vários fatores tenham favorecido a proliferação dos mosquitos Aedes aegypti neste ano, como o clima pós-enchente e as chuvas nos últimos meses. “Esperamos que as temperaturas baixas do próximo mês ajudem na diminuição da incidência de mosquitos”, afirma.
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Para conter a proliferação dos insetos, a Vigilância em Saúde aposta em atividades preventivas e de monitoramento. Segundo Ribeiro, sempre que há um caso positivo ou suspeito no município, a equipe faz um trabalho de delimitação de foco em um raio de 150 metros da moradia da pessoa infectada. Também é realizado o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), pelo menos quatro vezes ao ano.
Outra medida adotada em Candelária é o mutirão de limpeza, que da última vez recolheu cerca de 250 sacos de 100 litros de lixo e seis caçambas de resíduo volumoso, como sofás, camas, armários, entre outros. “Fizemos essa ação para eliminar os pontos de descarte irregular. A gente coleta tudo mesmo”, destaca.
A ação foi realizada primeiramente no Bairro Rincão Comprido, e o próximo a ser contemplado será o Princesa. Além de trabalhadores da Secretaria Municipal de Saúde, a atividade contou com a colaboração de mais de 20 servidores da Prefeitura, militares da 3ª Divisão de Exército (3ª DE) e ainda maquinários da Secretaria da Agricultura.
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Entre as ações previstas para as próximas semanas estão a implantação de armadilhas ovitrampas, que farão o monitoramento das áreas de maior infestação no município. Também ocorrerá a borrifação residual intradomiciliar (BRI-Aedes), após verificação dos locais mais infestados. “Tudo para diminuir o número de mosquitos adultos, pois impede que a fêmea faça a postura e coloque ovos”, explica Ribeiro.
População deve ajudar
Mesmo com a realização de atividades preventivas em Candelária, Leonardo Ribeiro pede para que a população ajude a combater a doença. Segundo ele, o poder público deve fazer a sua parte, mas os moradores não podem se eximir de sua responsabilidade. “Pedimos para que mantenham os pátios sem material em desuso, que possa acumular água. Além de manter a piscina tratada e a caixa d’água tampada.”
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O município recebeu doses do imunizante contra a dengue, que são disponibilizadas para moradores na faixa etária de 10 a 15 anos incompletos. Até segunda-feira, havia vacinas disponíveis nas unidades de saúde, mas devem acabar até o fim da semana. Não há previsão para chegada de uma nova remessa.
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