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CONTRAPONTO

Carta aberta aos candidatos

Primeiramente, habituem-se a pedir desculpas pelos erros e abusos cometidos durante as próprias gestões, ao invés de repetir novas e velhas promessas como quem conta às crianças a mesma “historinha de ninar.” Passem a vigiar e coibir os próprios companheiros e partidos caídos em tentação e descaminho, antes de acusar os adversários de apropriações indébitas e corrupção. Não ofendam o trabalho e a inteligência alheia (principalmente, dos eleitores), e baixem o próprio dedo indicador, em humilde gesto de quem reconhece que sempre é e foi mais fácil ironizar, criticar e acusar o outro.

Educada e politicamente, reconheçam os momentos, as oportunidades (ou a falta de) e as razões do outro, haja vista que a história e as circunstâncias socioeconômicas nunca se repetem do mesmo modo.
Aliás, são fatos que determinam que as soluções de cada tempo também sejam diferentes umas em relação às outras, sem prejuízo de oportuno e hipotético valor.

Mais: em se tratando de ideologias políticas e práticas de poder, passem a superar as graves diferenças e equívocos conceituais, notadamente em relação àquelas comprovadamente falidas e sepultadas pela história.

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Admitam a hierarquia e a eficácia de princípios fiscais e econômicos sobre a vontade pessoal e a ideologia político-partidária, como o histórico de nações mais desenvolvidas já demonstrou e confirmou!
E parem de dizer “que o outro (no poder) não fez, porque sem vontade política de fazer!”. Afinal, regra geral, sabemos que as razões impeditivas deste ou daquele governo provavelmente eram fiscais, financeiras e econômicas.

Procedam sempre de modo claro e coerente. Com certeza, não ficarão devendo tantas explicações ao povo. E reclamem menos da imprensa e esqueçam os planos de “controle da mídia”. Não soneguem informações e nem faltem com a verdade quando acossados e flagrados em erro. Afinal, a frequência de abusos e reincidências já demonstrou que, depois da primeira mentira, sucedem-se as demais. Em modo crescente.

E por que lhes digo isso tudo? Porque, em se mantendo o irresponsável e inconsequente padrão de comportamento e ação, advirá a antipolítica. O escritor húngaro George Konrád (1933-2019) definiu a antipolítica (1999) como “uma força moral da sociedade civil que articula a desconfiança e a rejeição públicas do monopólio de poder da classe política dentro do Estado. Esta força moral não pretende derrubar o poder político, mas opor-se à opressão que ele exerce sobre as populações”.

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