O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, optou por manter uma certa distância do anúncio da pré-candidatura da democrata Hillay Clinton, anunciada no final da semana passada. O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse nesta segunda-feira, 13, durante uma reunião com a imprensa em Washington, que o apoio de Obama à Hillary, que é ex-senadora e já foi secretária de Estado, não é “automático”.
“O presidente ainda não deu qualquer apoio, afirmou”, apesar de Obama ter elogiado Hillary Clinton em um discurso no último sábado, durante sua participação na Cúpula das Américas no Panamá. Ele afirmou que Hillary Clinton é uma excelente candidata e que foi uma “extraordinária secretária de Estado”.
Internamente, as afirmações de Obama repercutiram como “apoio declarado”. Na conversa de hoje com a imprensa, o porta-voz da Presidência foi mais discreto e afirmou que o governo só manifestará apoio após as prévias dos partidos.
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Os apoios oficiais desempenham um papel fundamental na política eleitoral norte-americana, com candidatos a desviarem-se dos respectivos caminhos para cortejar potenciais apoiadores com promessas de cargos aliciantes, se necessário. Obama, que está em seu segundo mandato, não é mais elegível e tentará fazer um sucessor democrata.
O momento político de Obama é importante externamente, especialmente por ter conseguido retomar as relações diplomáticas com Cuba, mas internamente, ele enfrenta o Congresso de maioria republicana e ainda reformas importantes que precisam ser votadas, como a reforma migratória.
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