O chocolate está entre os alimentos mais populares no mundo e, por que não dizer, que mais atiçam a gula. No ranking mundial, o Brasil é o sétimo maior produtor da matéria-prima, o cacau, que é fonte natural de polifenóis, vitaminas e minerais. Pode ser feito com massa de cacau, cacau em pó ou manteiga de cacau, juntamente com outros ingredientes. O fato é que há muitos tipos de chocolates feitos com diferentes ingredientes e diferentes quantidades de cacau.
Essas variações são permitidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que considera como chocolate o produto que contém, pelo menos, 25% de sólidos totais de cacau ou 20%, no caso do chocolate branco. Toda essa variedade pode se tornar um desafio para quem busca um chocolate saudável. E é aí que surgem dúvidas sobre a diferença de um chocolate para outro e sobre o percentual de cacau.
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Segundo a nutricionista clínica e esportiva funcional Debora Martins, na hora de escolher um “bom chocolate”, o ideal é optar pela versão com 60% de cacau ou mais. Ela explica que níveis mais altos de consumo de cacau estão associados à redução no risco de doenças cardiometabólicas, como hipertensão e diabetes, e ao aumento nos índices de colesterol HDL, o “colesterol bom”. Além disso, estudos demonstram que o cacau tem alto teor de flavonoides e forte capacidade antioxidante (quatro a cinco vezes mais forte que a do chá preto, duas a três vezes mais forte do que a do chá verde e quase duas vezes mais forte do que o vinho tinto).
Debora destaca que os compostos antioxidantes retardam a ocorrência de estresse oxidativo, responsável pelo processo de envelhecimento e origem da maioria das doenças, incluindo câncer, diabetes e distúrbios neurológicos. “Todos esses benefícios têm origem no cacau, então o efeito será tão maior quanto o percentual do fruto na composição. Em produtos de baixa qualidade, o excesso de açúcares e gorduras adicionados causa males que chegam a superar seus benefícios”, alertou.
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Outro cuidado na hora de escolher o chocolate é verificar a lista de ingredientes nos rótulos. “O ingrediente que vem primeiro é o que está em maior quantidade no produto, por isso é preciso olhar as informações na embalagem e ficar atento à tabela nutricional. Evite opções com alta quantidade de açúcar e ingredientes artificiais ou com nomes que você não conhece”, sublinhou.
Tipos e composições
- Chocolate branco – É composto por, pelo menos, 20% de manteiga de cacau. Diferentemente da massa de cacau ou o cacau em pó, isso torna o chocolate mais gorduroso em comparação com os demais. Além disso, os chocolates brancos mais tradicionais e populares costumam ter grandes quantidades de açúcar e outras gorduras não saudáveis.
- Chocolate ao leite – Possui, em média, de 25% a 30% de cacau na composição e sua principal característica é a quantidade maior de leite, além de açúcar, conservantes e gorduras.
- Chocolate meio amargo – Apresenta teor médio de cacau, geralmente entre 40% e 55% desse ingrediente em pó ou em forma de massa de cacau.
- Chocolate amargo – Feito com 60% a 85% de cacau e, consequentemente, é um dos tipos com menor quantidade de açúcar e gorduras adicionados.
- Chocolate funcional – Contém quantidades variadas de cacau e ingredientes funcionais que agregam benefícios nutricionais, como fibras, oleaginosas, proteínas, frutas desidratadas, adoçantes naturais e nibs de cacau. Geralmente é livre de açúcares, glúten e de ingredientes artificiais.
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Na hora da compra
- Evite – Ingredientes como o açúcar, os corantes, os conservantes, as gorduras trans, óleos hidrogenados e até mesmo adoçantes artificiais não devem estar presentes na composição para que um chocolate seja considerado saudável. Também é importante evitar aqueles que contêm variadas nomenclaturas do açúcar, como sacarose, frutose, xarope de glicose, maltodextrina, caramelo, néctar e syrup.
- Escolha – Dê preferência para chocolates com ingredientes mais naturais e sem adição de açúcares ou que tenham em sua composição adoçantes naturais, como stévia, xilitol ou maltitol, por exemplo.
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