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Esporte amador

Clubes e equipes agora vivem a expectativa pela retomada

Um dos setores impactados durante a pandemia é o do esporte amador. As competições organizadas por clubes e ligas de Santa Cruz do Sul e região eram uma oportunidade de entretenimento e lazer nos finais de semana, além de ser um reforço para o vínculo comunitário e de integração entre as localidades do interior.

A Liga Integração de Futebol Amador de Santa Cruz do Sul (Lifasc) é um exemplo. Acostumados com apenas um mês de folga nas atividades esportivas e culturais, os clubes vivenciam 14 meses de parada por conta da pandemia. Os jogos finais da Copa Lisaruth de 2019 sequer foram realizados.

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Contudo, os clubes aproveitaram o período sem jogos para realizar obras de melhorias nas infraestruturas. O Rio Pardinho, por exemplo, investiu na instalação de iluminação e arquibancadas no campo. Outros clubes fizeram intervenções semelhantes, com o objetivo de fornecer maior comodidade aos torcedores.

As ações virtuais ocorreram para manter a mobilização das comunidades. Uma delas foi o lançamento do hino em abril do ano passado, para marcar a entrada no ano 20 da entidade. No ano passado, a Lifasc foi uma das integrantes da Copa Virtual, promovida pela Prefeitura. Também promoveu a Copa Cultural Lifasc ao lado do Grupo Gazeta de Comunicações, que terá a segunda edição neste ano. Em abril, foi celebrado o 21º aniversário em parceria com a Lisaruth, em uma ação na internet.

A entidade ainda comemorou a certificação de registro da marca Lifasc junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), que tem validade até 2029. A novidade é importante para o fortalecimento de ações, comercialização de produtos e distribuição de brindes. A Lifasc pretende incrementar a linha de cerveja e chope com a marca própria. “A Lifasc tem um reconhecimento muito grande por causa das atividades esportivas e culturais que realiza. A ideia é fortalecer cada vez mais este laço com as comunidades”, destaca o presidente Décio Hochscheidt.

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Luciano Schaeffer jogou seis finais e foi campeão três vezes com o Linha Nova. Na pandemia, os finais de semana passaram a ser completamente diferentes. “Eu estava acostumado com os jogos no Linha Nova e também em outros times, de outros campeonatos. Além disso, os clubes passam por dificuldades financeiras sem a receita dos jogos”, detalha. Schaeffer sente saudade das atuações no futebol amador. No campeonato de 2019, chegou à sétima final com os aspirantes do Linha Nova. Ele ainda vestiu as camisas do Avante e Boa Vista nos 21 anos de participação na Lifasc.

Luciano Schaeffer tem 21 anos de Lifasc

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Outras entidades aguardam a liberação

No clube Aliança, o vice-presidente Orlando Brito de Campos Júnior explica que reuniões foram realizadas pela diretoria para debater questões relacionadas às atividades esportivas para quando houver a liberação por parte do município. “Ainda seguimos na dependência da liberação. A prática esportiva é benéfica à saúde e a retomada será importante também para o clube, que vive das competições e eventos”, comenta.

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O presidente da Associação do Futebol Amador de Santa Cruz do Sul (Afasc), Zé Abreu, explica que a entidade participou de ações sociais com a atual corte e vive a expectativa para o retorno da Copa Cidade. Haverá um lançamento da nova liga de futebol sete em parceria com a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) para que o campeão municipal possa entrar no Gauchão da modalidade. “Estamos organizando isso e pretendemos anunciar oficialmente em até 15 dias. Faltam alguns detalhes, mas será uma novidade muito interessante para Santa Cruz”, explica.

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União Corinthians

O campeonato de futebol sete do clube União Corinthians é o mais tradicional de Santa Cruz do Sul. Foram 34 edições realizadas até 2019, quando contou com a participação de 36 equipes divididas em três séries. Além da principal competição, o clube organiza a Copa Verão, a Copa dos Campeões e o Campeonato de Veteranos. O clube está pronto para a edição 35 em caso de liberação da Prefeitura. Um pedido já foi encaminhado, conforme o presidente Marco Jardim. Enquanto isso, as equipes vivem em compasso de espera.

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O La Barca surgiu de um grupo de amigos que jogava em diferentes equipes e se encontrava no fim de semana. Após a formação do clube, a caminhada começou na terceira divisão. Já no primeiro ano, em 2015, com o vice-campeonato, conseguiu o acesso para a segunda divisão. Em 2016, o clube conquistou o título e o acesso à elite. Em 2019, o Lá Barca obteve a melhor campanha, ao ser vice. “Estávamos empolgados e havia mais pessoas querendo fazer parte da equipe. A gente entraria muito forte para brigar pelo título da Série A em 2020. Faltava uma semana para começar quando veio a pandemia”, relata Fernando Koppe. A amizade se manteve por meio das redes sociais. Porém, os integrantes estão com saudade dos encontros de até três vezes por semana, principalmente do churrasquinho e da cerveja depois do treino. “A gente sente falta. Afeta nossa rotina. Nosso contato diminuiu. Mas entendemos e respeitamos o momento. Vamos aguardar. Em nenhum momento cogitamos desistir. Voltaremos com muita força e vontade. Para brigar pelas vitórias em campo e confraternizar com a turma depois”, completa.

O Barrera conta com uma trajetória de 25 anos. Dentre os títulos estão o da Série B em 2002 e o da Série A2 em 2019, uma espécie de torneio de consolação dos eliminados. A equipe ainda soma um vice da Série A em 2009. Atualmente, o time de veteranos está em formação. O campo do Águia Master, em Vera Cruz, recebeu melhorias pelo Barrera, que pretende montar uma equipe para futebol onze. Mesmo durante a pandemia, a equipe produziu novos uniformes, bancados por cada integrante. Por ser inspirado no Peñarol, uma viagem para o Uruguai está programada para outubro. “Nossa parceria é muito forte e cada um ajuda o outro. A nossa turma já tem os filhos fazendo parte. Essa viagem é uma forma de marcar o aniversário. Agendamos um amistoso com os veteranos do Danubio e vamos visitar o museu e novo estádio do Peñarol. Esperamos que o planejamento possa ser colocado em prática, com a melhora na situação da pandemia”, destaca Moisés Severo.

Já no Mancha Verde, os atletas mantém a preparação física por meio do ciclismo, exercícios funcionais e crossfit. Os jogos foram retomados com a liberação das quadras. O grupo passou a se reunir no Boteco da Bola, nas quartas-feiras. Depois, com uma nova rodada restritiva, as partidas foram interrompidas. “Quando voltar será difícil. Com certeza, vai ser diferente. Antes era um ritmo de passar o dia inteiro envolvido no clube. Queremos voltar a jogar com o intuito de reunir o pessoal e as famílias. O que vai nos animar é o churrasquinho e a cerveja depois. Agora o jogo será consequência do churrasco”, conta Beto Silveira. “Alguns foram para a academia e outros para a dieta rigorosa de xis e hambúrguer”, brinca. A equipe conquistou a Série D em 2010, já no ano de criação. Depois faturou a Série C em 2011 e a Série B em 2013. Em 2016, ganhou a Copa Verão e foi bi da Série B em 2017. Em 2018, levou o bi na Copa Verão e foi vice da Série A. Em 2019, levantou a taça da Copa dos Campeões.

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Rio Pardinho aproveitou período de paralisação para fazer investimentos, como iluminação e construção de arquibancadas

O Canchero iniciou em 2014 e foi campeão da Série C em 2016. Desde então, disputa a Série B. Durante a pandemia, o grupo de amigos se mantém em contato pelas redes sociais. O time está parado, mas todos estão confiantes para o retorno. “A pandemia acelerou processos. Quem queria sair ou parar, acabou saindo. Os lesionados puderam se recuperar. Nos sábados, estamos redescobrindo coisas. Estávamos sempre no clube e agora migramos para outras modalidades e passando mais tempo com a família. O que mais faz falta é o encontro semanal de amigos”, explica Augusto Brandt.

Criado em 2007, o Questos mantém quatro remanescentes do grupo inicial. A equipe foi campeã da Série D em 2013, teve dois vices na Série B e um terceiro lugar na Série A. Roger Henkes é presidente há dez anos. A equipe é formada pela ‘Questaiada’, já que as famílias estão sempre presentes nos jogos e eventos. “Nos últimos anos, temos chegado ao menos na semifinal. Infelizmente, estamos sem campeonato há mais de um ano. Nosso contato foi limitado ao virtual. Nosso novo uniforme nem foi utilizado. No período, a família cresceu com o nascimento de novos ‘questinhos’”, detalha.

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