Em entrevista ao programa Estúdio Interativo, da Rádio Gazeta FM 107,9, o prefeito de Santa Cruz do Sul, Sérgio Moraes abordou os principais desafios e encaminhamentos da gestão em 2025 relacionados à pavimentação de ruas, ao financiamento de obras e à situação da BR-471, além das recorrentes queixas da população sobre buracos nas vias.

Segundo Moraes, o município precisou adotar medidas rigorosas de economia para alcançar os índices exigidos e, assim, se habilitar a contratar novos financiamentos. “Nós tivemos um processo de contingenciamento para que todos os gastos baixassem 25% e conseguimos economizar. Precisávamos chegar a 95% da arrecadação para nos habilitarmos a pegar financiamento”, explicou. Conforme o prefeito, esse percentual já foi alcançado, o que permite a emissão de certificado do Tribunal de Contas e a busca de recursos para investimentos em infraestrutura viária.

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O chefe do Executivo afirmou que a intenção é contratar apenas o valor necessário para atender a demanda reprimida de pavimentação. “Vou pegar o mínimo que precisa. Nós acreditamos que com R$ 120, R$ 130 milhões nós conseguimos pavimentar todas as ruas de Santa Cruz”, disse, ao ressaltar que a atual gestão conseguiu condições mais vantajosas do que as obtidas anteriormente. “Antes, o governo pagou 18,6% ao ano de juros e nós já conseguimos por 9%. De 18% para 9% muda R$ 175 milhões de juros, essa é a diferença que a gente tem que poupar.”

Ao falar sobre a BR-471, Moraes voltou a criticar a aplicação de recursos municipais em uma rodovia federal. Ele destacou que a atual administração optou por não dar continuidade a projetos considerados irregulares. “Nós licitamos uma empresa para fazer um novo projeto porque eu não quis ocupar o projeto que tinha sido feito e que a Justiça apontou como irregular. Se está errado, por que eu vou continuar nele?”, questionou. O prefeito também afirmou que parte das estruturas executadas não teve aprovação do DNIT. “O que está lá, se o DNIT quiser, ele que desmonte. Eu não vou pegar mais dinheiro da população e jogar numa pista federal”, enfatizou.

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Apesar disso, garantiu que o Município irá resolver os problemas enfrentados por moradores e empresas diretamente impactados pela obra. “Assim que o projeto estiver pronto, nós vamos atender aqueles que foram atingidos, que hoje têm dificuldade de acesso e poeira dentro das empresas. Nada mais do que isso. O restante é com o governo federal”, afirmou.

Sobre as críticas relacionadas aos buracos nas ruas, o prefeito relativizou o problema e disse que a situação está sendo enfrentada. “Fico muito feliz quando sou criticado por buracos porque significa que o resto está bom. Buraco teve no governo passado, vai ter no meu e vai ter no próximo”, afirmou. Segundo o chefe do Executivo, fatores como chuvas e o desgaste natural do asfalto influenciam diretamente. “Estamos fazendo tapa-buraco, recapeando muitas ruas e já quase não se ouve mais reclamações”, pontuou.

Moraes ainda avaliou que esse tipo de cobrança não compromete a gestão. “O que abala um governo é saúde em calamidade ou manchetes negativas por desvio. Buraco a gente vai ter tempo para resolver”, finalizou.

Ouça a entrevista na íntegra:

*Colaboraram Lucas Malheiros e Marcio Souza

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