Mesmo com a baixa nas temperaturas, a Região Sul do Brasil apresenta uma das maiores incidências de dengue. Conforme o 9º Informe Semanal de 2025 do Ministério da Saúde, atualizado no último dia 23, a região soma mais de 116 mil casos prováveis da doença. Em Santa Cruz do Sul, já são 90 pacientes confirmados neste ano. O município acumula mil notificações. Destas, 862 foram descartadas e 44 estão em investigação. Os dados são do painel de casos da dengue da Secretaria Estadual de Saúde.
Os bairros com maior incidência de casos em Santa Cruz são o Faxinal Menino Deus, Centro, Santa Vitória, Dona Carlota, Bom Jesus e Arroio Grande. Conforme a supervisora de Endemias da Vigilância e Ações em Saúde, Diana Faber, os números diminuíram em relação ao ano passado. “Eu acredito que seja por conta das ações que temos realizado durante todo o ano e a conscientização da população”, afirma.
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O último Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), feito em março, abrangeu 2.482 imóveis e apontou 389 amostras positivas para o Aedes. O próximo trabalho deve ser finalizado em 7 de maio. Buscando dar ênfase na orientação, Diana explica que a equipe realiza visitas domiciliares, verificando possíveis focos nas casas e promovendo atividades de conscientização entre a população.
Além das visitas domiciliares, também é feita a aplicação do inseticida. Uma das mais recentes ocorreu no Bairro Margarida, após a área registrar o segundo maior número de amostras positivas para o mosquito transmissor da dengue no último LIRAa. Após a finalização do novo levantamento, será estudada a possibilidade de aplicação em outros bairros.
Verificação deve ser feita com frequência
Para conter a ocorrência de focos, Diana pede para que a população verifique o pátio de casa pelo menos uma vez por semana. Ela ressalta o cuidado com pratos e vasos de flores, caixas d’água, pneus, piscinas, folhas de árvores e outros itens que possam armazenar água parada.
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A supervisora orienta que os moradores atendam à solicitação dos agentes de endemias para entrar em suas casas, mas não dependam apenas das visitas para realizar o trabalho de prevenção. “Muitas pessoas esperam a gente retornar para verificar a situação dos pátios, mas isso tem que ser feito por eles mesmo com frequência”, completa.
Colaborou Lucas Malheiros
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