O Escritório Regional Vale do Rio Pardo do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Rio Grande do Sul (Sinduscon/RS) apresentou na noite dessa terça-feira, 14, um estudo inédito sobre o mercado imobiliário de Santa Cruz do Sul. Desenvolvido pela Brain Inteligência Estratégica, tem como objetivo evidenciar o comportamento do setor, contribuindo para o lançamento de produtos de acordo com o contexto do município.
Os dados foram apresentados aos associados do Sinduscon e às autoridades – incluindo o prefeito Sérgio Moraes – pela especialista em inteligência de mercado da Brain, Gisele Pereira. Segundo ela, a compreensão da realidade por meio do estudo proporciona às incorporadoras tomar decisões mais assertivas na hora de projetar um produto, evitando riscos e prejuízos.
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“Se temos um mercado imobiliário que está munido de informações, há um fortalecimento da economia da cidade, gerando empregos diretos e indiretos, além de proporcionar qualidade de vida para a população”, enfatizou.

A partir das informações apuradas no estudo, Gisele destacou que a cidade tem um estoque baixo de imóveis. No mercado residencial vertical, por exemplo, possui 240 unidades atualmente. A maioria, 151 (62,9%), custam entre R$ 350 mil até R$ 700 mil. Além disso, 62,9% foram lançadas entre 2022 e 2025. Mais da metade, 132, possuem dois dormitórios e medem de 70 a 84 metros quadrados.
Entre as ofertas horizontais, há 494 unidades disponíveis. Destas, 410 foram lançadas a partir de 2022. “Isso é um ponto muito positivo. Nós temos um estoque bastante jovem na cidade, tanto no horizontal quanto no vertical. E isso implica necessariamente que há uma velocidade de vendas grande.”
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A especialista destacou que as ofertas estão muito concentradas na Faixa 3 do Minha Casa, Minha Vida, destinada às famílias com renda bruta mensal de R$ 4.700,01 a R$ 8.600,00. Além disso, apontou uma lacuna nos produtos verticais de alto padrão, acima de R$ 2 milhões, que serão beneficiados pela nova modalidade de financiamento.

Gisele ressaltou ainda que Santa Cruz é uma cidade forte no Vale do Rio Pardo, que não depende de uma metrópole ou um polo. “Ela acaba sendo o polo das cidades vizinhas, o que também atrai e demanda potencial de cidades ao redor de Santa Cruz. Isso pode aumentar ainda mais o público de compradores”, frisou.
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O levantamento também elenca dados apurados entre o segundo trimestre de 2024 e o segundo trimestre de 2025. Nesse período, foram lançadas 173 unidades residenciais verticais e 855 horizontais. Além disso, nos últimos 12 meses, os dois mercados lançaram, juntos, R$ 193 milhões.
Entre as unidades verticais lançadas somente no segundo trimestre deste ano, 58,5% têm dois dormitórios; 20,8% um e 20,8% três (as com quatro ou mais estão ausentes). Todas são consideradas de padrão médio, vendidas entre R$ 700 mil e R$ 1,250 milhão, e disponíveis no Bairro Santo Inácio.
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Gisele salientou que, embora o número de unidades horizontais seja superior – algo comum entre as cidades com até 200 mil habitantes –, o mercado vertical tem sido muito positivo, com espaço para crescer.
O que disseram

Rafael Garcia – vice-presidente do Sinduscon/RS
“É uma ferramenta para tomada de decisão do incorporador, reduzindo riscos. Por meio desse trabalho, conseguimos entender para que lado o mercado está se direcionando, o tamanho do estoque e a capacidade de absorvê-lo. Trata-se de uma pesquisa de grande valia que teremos no Rio Grande do Sul inteiro, com as principais cidades mapeadas para entender o tamanho do mercado.”
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Giulia Tolotti – vice-presidente do Sinduscon/RS e coordenadora do Escritório Regional
“Vivemos em um mundo que trabalha com dados e com informações. E penso que estávamos com o mercado imobiliário local em descompasso com uma tendência mundial, porque não havia um levantamento de dados relevante do município. Agora, proporcionamos essa bússola para os incorporadores.”
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