O possível encarecimento do petróleo no mercado internacional, com o agravamento do conflito no Oriente Médio após ataque dos Estados Unidos a três instalações nucleares no Irã, deve elevar os custos de produção, reforçando o aumento de preços dos derivados e se espalhando por outras indústrias, disse ontem Karine Fragoso, gerente-geral de Petróleo, Gás, Energias e Naval da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).
“Estamos preocupados pelo preço do petróleo e pelos impactos que o fechamento do Estreito de Ormuz pode ter em outras cadeias de produção”, comentou. O bloqueio citado pelo Irã afeta uma rota relevante do fornecimento da commodity. “Como importadores de equipamentos, nós podemos ser atingidos pela alta de preços”, ressaltou Karine.
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Entenda
Acusando o Irã de estar próximo de desenvolver uma arma nuclear, Israel lançou um ataque surpresa contra o país no último dia 13, expandindo a guerra no Oriente Médio. No sábado, os Estados Unidos atacaram três usinas nucleares iranianas: Fordow, Natanz e Esfahan. A ameaça do Irã de fechar o Estreito de Ormuz surgiu como forma de retaliação após o bombardeio americano, e virou motivo de atenção global.
Nesse domingo, 23, a informação era de que o parlamento irianiano havia aprovado a medida. O bloqueio interrompe o fluxo de cerca de 20% do petróleo comercializado globalmente. Desde sexta-feira, o barril de petróleo tem registrado sucessivas altas, acumulando reajuste de 8%.
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