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Memória

Confira mais detalhes da enchente que atingiu Sinimbu em 1919

A vila de Sinimbu foi arrasada na enchente de 1919. Os prejuízos foram incalculáveis | Foto: Arquivo de Fernando Hennig

Semana passada, a coluna resgatou a ocorrência da enchente de 22 de novembro de 1919, que atingiu, principalmente, a antiga vila de Sinimbu (4º distrito de Santa Cruz) e arredores. Três pessoas morreram (entre elas um bebê), foram destruídas casas, galpões e lavouras e houve a perda de centenas de animais.

Os prejuízos também foram grandes em Rio Pardinho, Picada Rio Pardinho, Linha Desidério, Linha Rio Grande, Alto Sinimbu, Linha São João e Rio Pequeno. Na cidade de Santa Cruz, houve menos estragos, pois a várzea do Pardinho possuía espaço para a água espraiar-se. Os registros indicam que o alagamento chegou até na entrada de Vila Thereza, hoje Vera Cruz. A região do atual Bairro Navegantes foi inundada e a olaria de Otto Herig sofreu enormes perdas.

Uma semana após a tragédia, o redator do jornal Kolonie voltou a Simimbu e relatou o drama das famílias, que tiveram suas casas, móveis, lavouras e pomares destruídos, sem contar os animais perdidos. Nas barrancas do Pardinho e seus afluentes não havia mais árvores, pois elas foram arrrancadas. Por dias, o mau cheiro era insuportável. 

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Estradas não existiam mais e as pontes de arame (pênseis) estavam rompidas. Outras perdas também foram registradas, como dinheiro, documentos, roupas, banha e arrobas de erva-mate. Os estoques dos armazéns sumiram. A Igreja Católica foi alagada e, anos depois, a comunidade investiu na construção de uma nova matriz.

Moradores avaliaram que o volume de água começou a se formar ainda no território de Soledade, onde nasce o Rio Pardo, e avolumou-se nos arroios menores, nas localidades de Banhado Grande, Gramado Xavier e Estância Schmitt. 
Outros lembraram que, em 13 de maio de 1858, a região já havia sofrido uma grande enchente. O diretor da colônia, João Martin Buff, alertou que os episódios iriam se repetir devido ao desmatamento das margens dos rios e arroios.

Marcas nas paredes da igreja e da casa paroquial mostram a altura da água | Foto: Arquivo de Fernando Hennig

Colaborou: Fernando Hennig

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