Os antigos arquivos da Gazeta guardam a história de Santa Cruz do Sul desde 1945. E ela não se resume a reportagens e notícias da comunidade e da região, mas também a publicidades de indústrias, lojas e prestadores de serviços, a maioria com atividades encerradas há anos.
As publicações permitem comparações entre o passado e os dias atuais. O que era aceitável há algumas décadas hoje seria inaceitável. Se uma empresa fosse colocar na imprensa uma nota para contratar meninas para encarteirarem cigarros, certamente não escaparia das críticas. Aliás, anúncios envolvendo cigarros são proibidos.
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E se uma indústria oferecesse vagas para “moças fortes”, qual seria a reação? Afinal, o que são moças fortes e qual a atividade que exerceriam? Outros anúncios comuns eram os de medicamentos.
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As propagandas também revelam os desejos de consumo. Se hoje as lojas oferecem, por exemplo, televisores smart, com inteligência artificial etc no passado os rádios eram o sonho das famílias.
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Com o término da Segunda Guerra Mundial, a procura pelos rádios tornou-se intensa e os fabricantes não davam conta de atender os pedidos (até mesmo por falta de componentes importados). Se o consumidor quisesse garantir o seu, precisava inscrever-se nas lojas.
Outro produto cujas vendas dispararam após a guerra foram as geladeiras. A produção parou durante o conflito e só foi retomada, lentamente, em 1946. A situação só começou a melhorar no decorrer dos anos 50, mas também era preciso entrar em lista de espera.
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