A votação da Consulta Popular iniciou nessa segunda-feira, 14, e segue até a próxima quarta-feira, 23. A finalidade da iniciativa é incluir projetos no orçamento do Estado do exercício de 2023. Cada eleitor do Vale do Rio Pardo tem direito a um voto, mas os três projetos mais votados serão contemplados. As propostas abrangem diferentes áreas, de modo que o valor total da região, R$ 1,8 milhão, será dividido igualmente entre elas.
Um dos projetos que está na cédula de votação da Consulta Popular é a “Construção de um centro regional de acolhimento para mulheres”. Em entrevista à Rádio Gazeta 107,9 FM, a secretária do Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares de Santa Cruz do Sul, Salete Faber explicou que o recurso oriundo da Consulta Popular, caso o projeto seja eleito, vai ser o pontapé inicial para viabilizar a construção física do local de acolhimento.
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Como surgiu a ideia do Centro Regional de Acolhimento?
A ideia da construção de um centro regional de acolhimento para mulheres iniciou no dia 8 de março, durante o 26º Encontro Regional de Mulheres Trabalhadoras Rurais. Na ocasião, uma carta de reivindicações foi elaborada e enviada pelas mulheres aos representantes políticos. No documento, conforme Salete, constava o pedido de “um olhar especial às mulheres vítimas de violência doméstica” e a solicitação de recursos para a construção de um centro que abrigasse esse público.
Na região do Vale do Rio Pardo, apenas Santa Cruz do Sul possui uma casa de acolhimento, que é municipal, e não atinge os munícipios menores. O Centro Regional, portanto, deverá ser construído em Venâncio Aires, já que para estar apto a receber o investimento, o município deve ter uma estrutura básica da política de assistência social.
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A casa irá receber as mulheres que sofrem violência doméstica com segurança e com uma rede de atendimento socioassistencial adequada. “Temos que pensar na dor da outra mulher. Quando uma mulher é agredida toda a sociedade é agredida. É uma mazela que vem crescendo e uma demanda tanto do meio rural quanto do meio urbano”, ressalta.
De acordo com Salete, no meio rural o processo da violência doméstica tende a ser mais acentuado e velado, de modo que muitos casos nem chegam ao conhecimento das políticas públicas. “Muitas vezes, a mulher acaba vivendo muito tempo nesse processo doentio porque não tem para onde ir. A casa tem esse objetivo: acolher as mulheres e seus filhos. O objetivo é que ela possa encontrar no Centro um recomeço e se sinta protegida”.
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Caso o projeto seja eleito, o valor será investido na construção física do Centro. Para um segundo momento, a ideia é o investimento na constituição da equipe e no rateio das vagas entre os municípios.
Como votar na Consulta Popular?
Para votar, o cidadão precisa ser eleitor e ter o domicílio eleitoral registrado em algum dos municípios da região. As informações necessárias são o número do título de eleitor, o CPF e a data de nascimento, além do e-mail ou telefone caso deseje receber informações sobre o processo.
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A escolha pode ocorrer de três formas: pelo aplicativo Colab, pelo site ou pelo WhatsApp (51) 8924 1547 (sem o 9 na frente). Essa última alternativa é uma novidade e tem como objetivo facilitar o acesso da população. Na conversa, é preciso enviar os termos “consulta popular” para ter acesso à votação.
É possível participar até às 23h59 da próxima quarta-feira. Seja qual for a preferência, as informações solicitadas serão as mesmas e somente uma entre as cinco propostas poderá ser escolhida. As três mais votadas serão contempladas.
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