O Rio Grande do Sul entra, a partir deste domingo, 3, na rota da tocha olímpica, símbolo dos Jogos Olímpicos, que serão realizados em agosto, no Rio de Janeiro. E, por trás do revezamento da chama, existem histórias de superação. Uma delas não está muito distante da região Centro Serra. Maurício Scota, 24 anos, atleta paralímpico e morador de Candelária, participará do trajeto em Santa Cruz do Sul, na próxima terça-feira, 5. Um dia que será inesquecível para ele.

Ao todo, 25 pessoas participarão do revezamento no município do Vale do Rio Pardo. Por volta das 14h36, Scota receberá a tocha. Vai conduzi-la em um trecho de 200 metros, que compreende as ruas 7 de Setembro e Marechal Deodoro, numa caminhada de aproximadamente dez minutos.

Mas para alcançar esse objetivo, Scota teve que lutar muito. Luta essa que iniciou no dia 28 de janeiro de 2009. Depois de um acidente de moto, ocorrido na Prainha Carlos Larger, ele teve que amputar perna esquerda. Foram seis dias internado no Hospital Santa Cruz, sendo dois dias e meio em coma induzido. Felizmente, a recuperação foi rápida, apesar da gravidade do ferimento. No mesmo ano, colocou uma prótese mecânica para poder se locomover.

Paratleta mostra a prótese
Foto: Mateus Souza/Gazeta da Serra

De lá para cá, a vida de Scota mudou por completo. Em 2013, passou a cursar Educação Física na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), onde também começou a trabalhar. E em 2014, conheceu a natação. E se apaixonou. Passou a competir em torneios regionais e, atualmente, defende o Grêmio Náutico União, de Porto Alegre. Seu grande sonho agora é disputar os Jogos Paralímpicos de 2020, em Tóquio.
 

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