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Por que a educação para o trânsito é importante desde a infância

O status ostentado pelo trânsito brasileiro de ser o quarto mais violento do continente americano, segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), não é algo algo do qual se orgulhar. Mas os esforços realizados no sentido de reverter esse quadro o são. E a educação para o trânsito iniciada em tenra idade, seja por meio de iniciativas específicas ou na vida cotidiana, é um dos mais importantes deles.

Isso porque a infância é um momento de grandes e importantes aprendizagens. As crianças chegam num mundo caracterizado por grande complexidade, com regras instituídas e problemas que não foram produzidos por elas, mas que as atingem de forma indelével. Para enfrentar essa realidade, explica a pedagoga, doutora em Educação, pós-doutora em Estudos da Criança e professora no Curso de Pedagogia da Unisc, Susana Beatriz Fernandes, elas estão aptas a aprender desde que nascem, o que ocorre com a mediação dos adultos nos contextos de vida em que estão inseridas. Neste sentido, prossegue, é possível afirmar que a infância é construída diferentemente por forças sociais, interesses econômicos, determinantes tecnológicos e culturais que se manifestam ao redor das crianças. As experiências e os saberes que elas possuem sobre os temas da vida social, principalmente num país marcado por desigualdades econômicas como o Brasil, são bastante variados.

Foto: Kopp/Divulgação

 

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Acerca do trânsito, por exemplo, uma criança que vai para a escola todos os dias de carro tem uma experiência e uma percepção bastante distinta daquela que se desloca a pé ou, ainda, daquela que mora na periferia e vende bala, ou pede dinheiro na sinaleira, no centro da cidade. “O que estas crianças sabem e o que elas precisam saber sobre o trânsito? Essa perspectiva relacional de construção do conhecimento provoca o deslocamento da discussão centrada no ensinar típico escolar, para uma perspectiva de aprendizagem como participação social. Assim, é possível pensar a aprendizagem das crianças como um processo que está imbricado em um sistema permanente de participação e engajamento delas, com os adultos, na vida cotidiana”, frisa.

Por isso, a transformação das crianças em adultos conscientes das implicações de sua atuação na sociedade, destaca Susana, está diretamente relacionada às experiências de cidadania vividas, ou não, desde a infância. Nesta direção, focando-se novamente o trânsito, é importante pensar quais são as vivências que estão sendo ofertadas às crianças quando do seu deslocamento pela cidade, pelo bairro ou na sua rua. “Elas vivem em uma cidade em que a organização da mobilidade urbana prioriza as pessoas ou os automóveis? Os espaços urbanos estão organizados de forma a responder as necessidades de todas as pessoas, sejam elas bebês, crianças escolares, adultos, pessoas com deficiência ou idosas? É possível utilizar a rua ou as praças sem medo? É possível brincar na rua?”, questiona.

Foto: Kopp/Divulgação

 

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A segurança no trânsito, considera a pós-doutora, não deveria ser tratada de forma isolada de outras iniciativas e de políticas públicas que vão muito mais além desta questão. É preciso uma série de outros propósitos e ações que visem a melhoria das relações sociais e das condições de vida da população, com a humanização das ruas e o envolvimento de toda a comunidade que nelas vivem. “É a garantia da vivência do direito de provisão e de proteção, assim como, do respeito ao direito de participação das crianças nos contextos em que vivem, que possibilitará a sua transformação em um adulto comprometido com os direitos de todos.”

 

Escolinha Móvel da Kopp é uma das mais tradicionais no Estado 

Foto: Kopp/Divulgação

 

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Diante de uma questão tão relevante quanto a segurança no trânsito, algumas organizações assumem uma postura proativa. A Kopp Tecnologia, de Vera Cruz, é um exemplo. A empresa consagrada pela fabricação de produtos para o controle, educação e organização do trânsito, busca contribuir com a segurança nas vias, tanto a partir dos seus equipamentos, como também através de ações que visam educar e conscientização os usuários. E, neste sentido, o foco nas crianças é uma de suas premissas.

A Escolinha de Trânsito Móvel, existente há mais de 10 anos, é um espaço educativo especialmente projetado para proporcionar um ambiente lúdico às crianças, através da vivência de situações pertinentes ao convívio no trânsito e as principais dificuldades enfrentadas pelo pedestre, ciclista e passageiro. As crianças trafegam em um circuito com faixas de pedestres, cruzamentos, placas de sinalização, semáforos e lombada e outros elementos comuns às ruas.

Foto: Kopp/Divulgação

 

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Nos moldes dos equipamentos produzidos no complexo industrial em Vera Cruz, o circuito é inédito no Brasil, já que possui miniaturas de semáforo e lombada de material leve e são alimentadas por bateria integrada, o que facilita a instalação e o transporte.

Atualmente, são cerca de 148 municípios brasileiros beneficiados com a Escolinha de Trânsito Móvel, que se faz presente em diferentes programas de Educação já implantados em todo o Brasil. Fora do País, também está representada na Angola e no Uruguai.

No Brasil, dentre as mortes acidentais que acontecem entre crianças e adolescentes de 5 a 14 anos, as relacionadas ao trânsito são as que mais impactam, representando 36%, conforme dados de 2015, do Ministério da Saúde. Muitos destes acidentes podem ser evitados com conhecimento e comportamento seguro, para isso é de suma importância entender e respeitar o desenvolvimento da criança, como ela processa as informações e sua habilidade perceptiva.

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Este é um dos diferenciais da Escolinha de Trânsito Móvel: fazer com que a criança circule pela cidade em miniatura e viva o trânsito adaptado para ela, tendo ali experiências práticas de como é o trânsito na realidade. A criança vê, escuta e compreende de maneira diferente do adulto. Suas habilidades motoras e cognitivas não são amadurecidas antes dos dez anos, então ela não percebe o perigo da mesma forma. A iniciativa explora o espaço lúdico da melhor forma para que ela se aproxime ao máximo das situações reais vivenciadas diariamente nas ruas.

“Educar é assunto de extrema necessidade e inclui esforços para envolver todos: criança, escola, família, sociedade e outros grupos a fim de oferecer conhecimento que promova comportamento seguro. Não podemos abrir mão de evoluir aliando à educação modernidade e tecnologia”, afirma a pedagoga da empresa e especialista em trânsito, Semia Arruda.

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