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Coronavírus

Lojistas questionam critérios do decreto municipal para funcionamento do comércio

O último decreto da Prefeitura de Santa Cruz do Sul flexibilizou a atuação do comércio local, com a possibilidade de atendimentos por delivery e drive-thru. Alguns setores, no entanto, seguem descontentes com as medidas de distanciamento social impostas pela Prefeitura. Empresários dos segmentos de roupas e calçados questionam os critérios adotados pela Administração Municipal, que restringem esses estabelecimentos, enquanto mercados e lojas que vendem chocolates têm a oportunidade de atender clientes dentro dos estabelecimentos.

“As lojas também poderiam funcionar com medidas restritivas, com um ou dois clientes entrando por vez. Fui em um mercado que também vende calçados e roupas, e é grande a aglomeração de pessoas”, comentou a empresária Flávia Kist, que possui cinco lojas de calçados, todas em prédios alugados. “Buscamos que o mesmo sistema das lojas de chocolate se aplique aos outros segmentos, para obtermos um mínimo retorno.”

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Segundo Kist, os sistemas delivery e drive-thru não são eficazes. “Os clientes querem provar na loja. Como os sapatos e as formas dos pés das pessoas variam muito, alguns calçados de um mesmo número podem servir e outros não. Então, quando nos ligam, a gente leva o número pedido na casa deles. Se não serve, buscamos e depois levamos outro, e assim vai agravando o nosso prejuízo”, complementou Flávia. “As lojas não são como as farmácias e lotérica, que é um entra e sai de pessoas. É bem segmentado, por isso poderiam adotar o sistema da restrição do número de clientes.”

Se é para um segmento, tem que ser para todos, diz empresária

Daiany Camargo, que possui duas lojas de roupas (uma feminina e outra infantil), diz ser a favor do distanciamento social, desde que as medidas sejam para todos os segmentos. “O que me deixa chateada é que estamos em uma véspera de Páscoa e eu não posso atender nem de forma limitada, um cliente por vez, com hora marcada, sendo que se vou no supermercado, as pessoas se batem de tanta gente junta. Na minha opinião, se tem que ser rígido pra gente, tem que ser para todos os segmentos”, comentou a empresária.

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Outro ponto levantado é que algumas lojas que não seriam do segmento de chocolates, mas que, dentre outros produtos, vendem ovos de Páscoa, estão se valendo da determinação da Prefeitura. “Hoje atendi por telefone uma cliente que queria comprar roupas infantis, mas queria vir na loja. Expliquei que não estamos liberados para atender no estabelecimento, aí ela me disse que viu lojas que nem eram de chocolates abertas, e que queria dar roupas de Páscoa.”

Segundo Camargo, a necessidade de trabalhar com atendimento limitado de clientes nas lojas se faz para manter os empregos dos funcionários. “No fim, para esses clientes que ligam e querem vir na loja, parece que não queremos atender, mas estamos apenas seguindo o decreto. Não acho certo favorecer um segmento e desfavorecer outros”, finalizou.

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Contraponto
Conforme a assessoria de imprensa da Prefeitura, o Gabinete de Emergências está reavaliando a questão.

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