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Máscaras de tecido são eficazes? Infectologista tira dúvidas

Embora o uso de máscaras em locais públicos, sobretudo as de tecido, esteja cada vez mais comum com o avanço da pandemia, a forma correta de utilizar os equipamentos ainda gera dúvidas na população. Para responder a algumas das perguntas mais frequentes, a Gazeta do Sul pediu ajuda ao médico infectologista Marcelo Carneiro, que faz parte do Gabinete de Emergências, criado pela Prefeitura para conduzir as ações de combate à Covid-19.

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Qual a eficácia da máscara de tecido?
O produto não é 100% eficaz, mas ajuda. Segundo Marcelo Carneiro, as máscaras funcionam principalmente para reduzir a contaminação dos ambientes na medida em que menos gotículas são eliminadas por quem as utiliza. Por outro lado, é certo que quem usa não se torna imune à infecção. “Até porque, se fosse assim, não teria acontecido o surto na China, onde as pessoas usam máscara regularmente”, observa Carneiro.

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De quanto em quanto tempo ela precisa ser trocada?
No caso de máscaras cirúrgicas, geralmente indica-se troca a cada duas horas de uso. Porém, o mais importante é que ela esteja sempre seca. Com o uso, a máscara vai ficando úmida, mas o tempo pode variar – por exemplo, se a pessoa falar muito, isso tende a acontecer de forma mais rápida. A recomendação, portanto, é que a substituição seja feita ao perceber que há umidade.

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Qual a forma correta de lavar a máscara de tecido?
Não é preciso nenhum produto ou técnica diferente. Basta deixar a máscara de molho por um tempo, depois lavar bem apenas com água e sabão, depois colocar para secar. O recomendado, porém, é que fique separada de outras peças.

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Máscaras feitas com materiais como papel-toalha, pano multiuso e filtro de café podem funcionar?
Esses materiais podem ajudar a filtrar, mas menos do que as máscaras comuns. Além disso, dependendo do tipo de material utilizado, pode atrapalhar a respiração ou não cobrir suficientemente o rosto.

Como saber se o produto que estou usando tem qualidade?
O mais importante é que a máscara fixe bem no rosto e não deixe espaços por meio dos quais as gotículas possam vazar. Se as lentes do óculos embaçam quando se está de máscara, por exemplo, é sinal de que ela não está bem fixada. “Ela tem que aderir bem ao rosto, de preferência marcando um pouco a pele. Se estiver folgada, significa que não está ajudando tanto”, explica Carneiro.

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Por que não devo tocar a máscara?
Quando se encosta na máscara, corre-se o risco de contaminar a mão. Se a pessoa estiver no supermercado, por exemplo, e ficar contaminada por esse toque, pode acabar infectando produtos e objetos que serão tocados por outras pessoas. Por isso, o recomendado é manusear a máscara apenas pelo elástico e, se encostar nela, higienizar a mão antes de mexer em qualquer outra coisa. Também por isso é importante que a máscara esteja bem fixada no rosto – se ela escorregar, é possível que a pessoa tenha de encostar nela para ajustar.

Mesmo com máscara, é preciso manter distanciamento das pessoas?
Sim, inclusive porque a contaminação se dá mais pelo contato do que pela respiração. Por isso as orientações de evitar cumprimentos e o compartilhamento de objetos, por exemplo.

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