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Fora de pauta

O gato e o videogame

São tempos difíceis os que estamos vivendo e acho que isso todo mundo sabe – talvez seja uma das poucas unanimidades que temos. Poderia aqui me aprofundar nos mais variados exemplos: a dor de quem viu um parente ser levado pela pandemia, a dor de quem perdeu o emprego, a dor de quem não tem como sustentar o próprio negócio, a dor de quem não tem dinheiro para comer, a dor da solidão e tantas outras. O tal corona atingiu nossas mais diferentes esferas enquanto humanidade, balançou a razão e o emocional de cada um.

Apesar dos desafios deste período, em suas diferentes proporções, também sabemos que ao longo da vida sempre temos de lidar com problemas. A desigualdade social acaba sendo responsável por alguns enfrentarem situações mais severas que outros, que muitas vezes dizem respeito à sobrevivência. Mas em menor ou maior grau de dificuldade, os percalços nos acompanham em diferentes estágios.

Não há jeito certo ou errado de encarar as adversidades, mas quando me sinto insegura ou triste busco forças nos meus afetos. Falo daquelas pessoas mais próximas a quem podemos recorrer para pedir um ombro, um conselho, um carinho ou palavras de conforto. Cada um pode fazer o exercício de tentar enxergar quais personagens formam essa rede do bem: mãe, pai, irmãos, filhos, avós, amigos, namorados (as), esposas, maridos, primos, colegas, etc. Ter meia dúzia de pessoas que estão ao seu lado (seja de forma presencial ou à distância) nas horas ruins faz toda a diferença. O tal corona atingiu nossas mais diferentes esferas enquanto humanidade, balançou a razão e o emocional de cada um São tempos difíceis os que estamos vivendo e acho que isso todo mundo sabe – talvez seja uma das poucas unanimidades que temos. Poderia aqui me aprofundar nos mais variados exemplos: a dor de quem viu um parente ser levado pela pandemia, a dor de quem perdeu o emprego, a dor de quem não tem como sustentar o próprio negócio, a dor de quem não tem dinheiro para comer, a dor da solidão e tantas outras. O tal corona atingiu nossas mais diferentes esferas enquanto humanidade, balançou a razão e o emocional de cada um.

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Apesar dos desafios deste período, em suas diferentes proporções, também sabemos que ao longo da vida sempre temos de lidar com problemas. A desigualdade social acaba sendo responsável por alguns enfrentarem situações mais severas que outros, que muitas vezes dizem respeito à sobrevivência. Mas em menor ou maior grau de dificuldade, os percalços nos acompanham em diferentes estágios.

Não há jeito certo ou errado de encarar as adversidades, mas quando me sinto insegura ou triste busco forças nos meus afetos. Falo daquelas pessoas mais próximas a quem podemos recorrer para pedir um ombro, um conselho, um carinho ou palavras de conforto. Cada um pode fazer o exercício de tentar enxergar quais personagens formam essa rede do bem: mãe, pai, irmãos, filhos, avós, amigos, namorados (as), esposas, maridos, primos, colegas, etc. Ter meia dúzia de pessoas que estão ao seu lado (seja de forma presencial ou à distância) nas horas ruins faz toda a diferença.

Essas pessoas podem até não ter a capacidade de tirar da gente alguma dor, mas elas sabem nos fortalecer. Conversando com duas grandes amigas, uma delas, a Bibi, trazia uma teoria interessante. A do gato e do videogame. Confesso que quando ela lançou as duas palavras sem dar muita explicação, não entendi aonde queria chegar. Mas depois, com os exemplos, tudo ficou claro: a vida é agora. Ela justamente comentava que o maluco de viver é que nem sempre, no dia a dia, a gente se dá conta que o presente é um sopro, que não é possível voltar ao passado e o futuro é uma grande soma de incertezas. As escolhas que fazemos agora são únicas e não poderemos alterá-las daqui para frente. Como ela mesma fez questão de, didaticamente, explicar: nós, humanos, não somos gatos com sete vidas nem videogames com possibilidade de recomeçar um jogo do zero. É simples, não é? Mas e quem disse que o simples não precisa ser dito?

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A tal conversa do gato e do videogame me fez pensar em como é bom poder ter uma troca de ideias com alguém que gostamos. O quanto é positivo dividir os devaneios de cada um. E digo mais, o quanto é saudável a presença de quem amamos em tempos tão sombrios como nesta pandemia. Alivia repartir um pouco da angústia, que às vezes nos cerca, e lembrar que temos momentos de alegrias para passar adiante. Precisamos valorizar os que estão conosco nas horas boas e ruins – que seja por chamada de vídeo, com máscara no rosto ou mesmo sem poder abraçar. Isso é dar importância para o que temos de mais valioso na vida: os afetos. São eles que dão sentido ao que já vivemos, ao agora e nos motivam para um futuro, quem sabe, melhor.

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