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Leio que o Brasil tem mais de 13 milhões de desempregados. É um número impressionante que deveria impactar de maneira mais intensa todos os segmentos envolvidos nas causas e na produção de alternativas para reverter a situação.
Esta semana comemora-se o Dia do Trabalho, uma ironia diante desta legião de homens, mulheres e jovens que buscam uma vaga para o sustento próprio e de seus familiares. Acordar todos os dias para encarar filas, preenchimento de fichas e ouvir “não” é uma tortura que implode a autoestima.

Uma pessoa dotada de plena condição produtiva, mas que passa semanas, meses, em busca de sobrevivência, sofre abalos impossíveis de imaginar. Encarar a família sem um centavo no bolso, sem perspectiva de voltar ao mercado é humilhante, desumano, arrasador.

Apesar do impacto humano, a política, com seus escândalos diários, goza de maior prestígio junto aos formadores de opinião e da mídia em geral. Um mutirão de proporções nacionais deveria ser encetado para gerar perspectivas de melhoria.

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Inúmeras instituições promovem cursos profissionalizantes ou técnicos para facilitar o acesso ao mercado de trabalho. Os organizadores reclamam que poucas vezes o número de vagas é preenchido, produzindo um vácuo na possibilidade de ocupar vagas que exigem um mínimo de qualificação.

A romaria em busca de trabalho pode ser vista por meio das imensas filas que se formam em vários pontos de cidades de todos os portes. É uma imagem que choca. Nestes aglomerados há rostos sofridos, cansados, desesperançosos, à beira da desistência em continuar a luta. O otimismo não se confirma. A economia parou de refluir, mas não há crescimento suficiente para a criação de vagas.

 Nesta semana que assinala o Dia do Trabalho fica a expectativa de que, mesmo num ano eleitoral, vença a sensibilidade de quem detém o poder de priorizar as urgências do Brasil. Trabalho é sinônimo de dignidade, autoestima e otimismo para superar as agruras da vida.

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É impensável esperar que se tenha energia para suportar a imagem do futuro de filhos se esvair numa espiral de negativas que se sucedem dia a dia. Gerar emprego se impõe num país que já descuida de idosos e crianças.

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