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AGUDO

Dois acusados pela morte de empresário vão a julgamento

Ediér Antônio Bernardini foi encontrado morto, amarrado ao portão de sua empresa

Após ter sido adiado por duas vezes, em outubro e novembro do ano passado, por questões envolvendo falta e abandono das sessões por parte de um dos réus e de sua defesa, está marcado para esta sexta-feira, 31, o julgamento de dois dos acusados da autoria do assassinato de Ediér Antônio Bernardini. Empresário do setor de transportes, ele foi torturado e morto há mais de sete anos. A sessão deve começar às 8h30, no Fórum de Agudo.

Segundo o advogado assistente da acusação, Jorge Pohlmann, que tem 28 anos de experiência na área criminal e vai atuar com o Ministério Público, todos os recursos na tentativa de um novo adiamento foram indeferidos pela Justiça local e, dessa vez, a sessão deve seguir até o fim. O juiz Jonathan Cassou dos Santos pediu, inclusive, a presença do plantão da Defensoria Pública, que poderá ser acionada em caso de desistência da defesa de algum dos réus.

“Até o último pedido da defesa, de desaforamento do processo (para que o júri ocorresse em outro município), realizado na segunda-feira, foi negado pela Justiça. Portanto, o caso será julgado em Agudo e segue com ou sem a presença de alguns dos réus ou abandono por parte da defesa deles, mesmo que juntem atestado médico, o que não seria nenhuma surpresa para nós”, comentou Pohlmann.

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Ele destaca que outra novidade, que pode ter reflexos no júri, é uma alteração recente na legislação. A mudança prevê que os réus condenados a 15 ou mais anos de prisão comecem a cumprir a pena imediatamente após proferida a sentença, sendo conduzidos ao presídio e recorrendo da decisão presos.

O advogado assistente da acusação defende que os acusados sejam condenados pela pena máxima no crime, ou seja, 30 anos de prisão por homicídio qualificado, mediante a análise de quatro qualificadoras: motivo torpe e fútil; meio cruel e meio que dificultou a defesa da vítima.

ENTENDA O CASO

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Os réus
A investigação apontou como supostos autores do assassinato quatro réus, mas o processo foi dividido em duas partes. Nesta sexta serão julgados Rosangela Lipke, suspeita de ser a mandante do crime, e Valter André Silva Santos, que teria participado ativamente do assassinato e estava com um veículo da vítima. Durante a investigação policial, os dois foram presos e atualmente respondem em liberdade. Os outros dois acusados de participação no crime, Diones Crumenauer dos Santos e Gelson da Silva Grigolo, ficaram foragidos e só foram encontrados mais tarde – quando o processo já estava em fase adiantada. Por isso deverão ser julgados em data ainda indefinida.

Em outubro do ano passado, no primeiro júri, diante da ausência da ré e de seu advogado, o julgamento foi adiado para o mês seguinte. Porém, em novembro, após 12 horas de solenidade, durante o intervalo, a ré alegou que estava passando mal e apresentou um atestado. Assim, ausentou-se do tribunal e provocou o cancelamento do júri.

O assassinato
A investigação apontou Rosangela como suposta mandante do crime. Ela teve um relacionamento anterior com a vítima e estaria exigindo dinheiro e bens do empresário. Bernardini havia registrado ocorrência policial, em que relatou ameaças de morte feitas pela acusada. Em 30 de setembro de 2012, o empresário de 56 anos teria sido atacado, amarrado, torturado com lesões na face, tórax e pernas. Ele morreu em função de uma facada no abdômen, que atingiu o fígado e provocou hemorragia interna, conforme o laudo pericial. Bernardini foi encontrado morto e amarrado no portão do depósito da empresa, na localidade de Rincão do Mosquito, em Agudo.

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Em princípio, a investigação considerou que poderia ser um caso de latrocínio, pois a carteira e um veículo do empresário foram levados. Porém, a polícia concluiu pelo homicídio qualificado e identificou que a ré teria planejado o crime com a participação dos outros três acusados. O veículo da vítima foi encontrado com o outro réu, Valter André Silva Santos. Os dois negam a participação no caso, mas foram indiciados no inquérito policial com base na quebra do sigilo telefônico, além de testemunhas que ouviram os quatro combinarem a ação e outros indícios.

O julgamento
O júri será presidido pelo juiz Jonathan Cassou dos Santos e terá a participação de sete jurados. Devem ser ouvidas testemunhas e os réus. O julgamento pode terminar na noite desta sexta-feira, 31, ou se estender pela madrugada de sábado, 1º de fevereiro.

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