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Exemplo

Mão de obra de detentos gaúchos auxilia no combate ao coronavírus

Vem do interior das prisões uma das forças de trabalho que está auxiliando a produção de insumos necessários para o combate ao coronavírus. Seja na confecção de máscaras, lençóis ou atuando na construção de novos espaços, a mão de obra de detentos e detentas do Rio Grande do Sul se soma a outras com o objetivo de auxiliar os profissionais da área da saúde que estão na linha de frente.

Na Penitenciária Modulada de Charqueadas, 12 apenados já estão trabalhando na produção de máscaras de proteção ao vírus. A expectativa é de que o grupo produza oito mil itens por semana. A iniciativa partiu da administração da casa prisional em parceria com um empresário. O material é fornecido pela Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), que também fará a doação dos acessórios conforme ficarem prontos.

As detentas do Presídio Estadual Feminino de Lajeado também estão produzindo máscaras que serão doadas ao município. A Juíza Luciane Inês Morsch Glesse, da Vara de Execuções Criminais (VEC) Regional de Santa Cruz do Sul, a quem a casa prisional está vinculada, conta que foi montada uma oficina de costura, com três máquinas industriais, para que o trabalho fosse realizado. No último dia 2, foram entregues 200 máscaras de TNT ao Conselho da Comunidade de Lajeado. O material foi destinado para servidores do transporte urbano do município. “Após o período da Covid-19, a oficina de costura será destinada à confecção de uniformes para apenados”, explica a magistrada.

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Em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, um preso do regime semiaberto se voluntariou para auxiliar na construção de uma nova ala do Complexo Hospitalar para abrigar pacientes com coronavírus. O espaço contará com 40 leitos de isolamento. Titular da 1ª Vara Criminal e da Vara de Execuções Criminais da Comarca, a Juíza de Direito Fernanda Ghiringhelli de Azevedo explica que a indicação do detento decorre das suas boas referências e competência profissional. O trabalho voluntário foi autorizado pelo titular da VEC Regional de Caxias do Sul, Nilton Filomena.

A magistrada relata que a Penitenciária Estadual também está organizando um espaço para confecção de máscaras, trabalho que será realizado por detentas. “Já foram recebidas máquinas pela Susepe e houve a doação de duas máquinas e diversos materiais. O Conselho da Comunidade da Execução Penal é muito atuante e sempre colabora nessas situações¿. Para ela, essas iniciativas servem para que ¿a população se conscientize de que presos são seres humanos como qualquer um, e capazes de se recuperar, desde que recebam oportunidades”.

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Em Cruz Alta, cinco detentas do Presídio local confeccionaram 17 jogos de lençóis para o hospital São Vicente de Paulo. As peças serão utilizadas na área de internação de pacientes com COVID-19. A produção voluntária ocorreu nas próprias celas delas, em período alternativo às oficinas que participam nos presídios.

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