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HOMICÍDIO EM SINIMBU

Oito testemunhas já foram ouvidas pela polícia

Foto: Divulgação Polícia Civl

Arma foi apreendida por um popular durante a fuga de homem que efetuou disparos

Onze dias após o assassinato do agricultor Paulo José de Moraes, de 38 anos, o caso segue repercutindo em Sinimbu. As investigações continuam e a Polícia Civil já ouviu oito testemunhas. Os motivos do homicídio ainda são desconhecidos, mas alimentam especulações nas rodas de conversa do município e nos distritos e cidades vizinhas à Linha da Grama, localidade na qual fica o bar onde o homem foi morto.

As informações de que o crime estaria relacionado com uma desavença política aumentaram os boatos ao longo dos últimos dias, sobretudo pela proximidade das eleições. Postagens foram disseminadas em grupos de WhatsApp, relacionando a vítima ou participantes do homicídio a alguns dos candidatos que estão concorrendo para vereador e prefeito no pleito de Sinimbu.

Contudo, a Polícia Civil afirma que até agora nenhuma informação foi confirmada e a proximidade do pleito municipal faz com que a disseminação de notícias falsas aumente. “Nenhum depoimento nos trouxe essa discussão político-partidária que vem sendo levantada por algumas pessoas. Até agora, não se tem informação concreta dizendo que esse evento teve relação com alguma atividade política. O que se sabe de concreto é que antes da morte havia ocorrido uma discussão entre as partes envolvidas”, comentou o delegado Alessander Zucuni Garcia, que chefia a 2ª Delegacia de Polícia Civil de Santa Cruz e atua também na área de Sinimbu.

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A Polícia Civil já identificou o homem que disparou contra Paulo José. Ele tem 29 anos, é de Gramado Xavier e estaria trabalhando como pedreiro em Sinimbu, na localidade onde fica o bar. Já possui antecedentes criminais por ameaça e lesões corporais. Na tarde de ontem, o inspetor da Polícia Civil de Sinimbu, Marcelo Jackisch, foi até o bar coletar mais informações sobre o local do crime.

Também à tarde, ele procurou o suspeito para intimá-lo a depor, mas o homem não foi encontrado. De acordo com o delegado Alessander Zucuni Garcia, a possibilidade de solicitar a prisão preventiva dele não está descartada. “Vou fazer a instrução do procedimento e analisar se há justificativa para uma prisão preventiva ou não.”

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Terceiro envolvido
No dia do crime, vítima e autor estavam no bar em Linha da Grama, que fica perto do distrito de Pinhal Santo Antônio, nas proximidades da RSC153, entre Herveiras e Gramado Xavier. À tarde, um desentendimento teria ocorrido entre o acusado e uma outra pessoa. Paulo José teria interferido nessa discussão. O acusado então teria saído do local e retornado por volta das 20h40, com um revólver calibre 38 em mãos, e efetuado dois disparos que atingiram a cabeça de Paulo.

Segundo testemunhas, a pessoa que havia discutido inicialmente com o autor já havia ido embora no momento dos tiros. A reportagem apurou que esse homem, envolvido na discussão com o assassino, mudou-se para Sinimbu recentemente. Natural de Santa Cruz, ele era morador do Bairro Santo Antônio e teria sofrido no local uma tentativa de assassinato, antes de se transferir a Sinimbu.

A Polícia Civil, no entanto, não confirma a participação desse terceiro indivíduo no caso. “Ouvi esse relato, de que o autor teria brigado com outra pessoa e a vítima teria se colocado no meio e, por causa disso, teria acontecido o homicídio. Mas até agora não há confirmação. A única coisa comprovada é que havia uma desavença entre o autor e a vítima, mas ainda não se esclareceu qual o motivo”, disse o inspetor Marcelo Jackisch.

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Ele não descarta, porém, que algum depoimento leve à identificação de outra pessoa que tenha participado desse crime. “Se aparecer alguém que tenha visto, e que não sejam só fofocas, a gente vai procurar a pessoa, porque todos comentam demais e nosso trabalho vai por aquilo que tem comprovação e relação com o crime”, salientou o policial.

Uma das informações obtidas pela polícia é a de que o autor chegou ao local acompanhado de mais pessoas em um carro. “Estamos analisando se a conduta dessas pessoas contribuiu para o homicídio”, comentou o delegado Alessander. Um pé de tênis cinza, que teria sido perdido pelo criminoso na fuga, e a arma utilizada pelo assassino foram apreendidos.

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