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Aliança pelo Brasil

Novo partido de Bolsonaro defende religião, armas e abertura comercial

Foto: Banco de Imagens

O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse nesta quinta-feira, 21, durante convenção do Aliança pelo Brasil, partido que pretende fundar, que o Brasil ainda é “um dos países mais fechados para fazer negócios do mundo” e se comprometeu com uma abertura comercial que mude esse cenário.

“Ouso dizer que ainda beiramos o socialismo para negócios no mundo”, disse o presidente. Bolsonaro também mencionou dificuldades de infraestrutura que afetam o País e falou em “integrar o Brasil pelo modal ferroviário”. O presidente aproveitou a ocasião para agradecer ao Congresso Nacional pelas aprovações de reformas de interesse do governo, como a do sistema previdenciário. “O parlamento tem ajudado, e precisamos dele”, disse Bolsonaro.

Durante o discurso, o presidente disse querer uma nova legenda “que reze nossa cartilha”. “Assim atingiremos de verdade os nossos objetivos”, explicou. Além disso, defendeu o respeito a Deus e às religiões e a oposição a movimentos de esquerda.

A fala de Bolsonaro ocorreu diante de uma plateia inflamada, com seus apoiadores participando, aos gritos, em apoio ao presidente. Não faltaram também críticas da plateia a parlamentares vistos pelos bolsonaristas como “traidores”, como o deputado federal por São Paulo Alexandre Frota, agora no PSDB. Aos apoiadores, o presidente Bolsonaro disse que críticas ao governo são bem-vindas, mas pediu comedimento. “Vamos fazer críticas, mas moderadas”, disse.

Em um auditório lotado de um hotel de luxo de Brasília, a advogada Karina Kufa fez a leitura dos princípios do partido. “O povo deu norte da nova representação política. Em 2019, novo passo precisa ser dado. Criar partido que dê voz ao povo brasileiro”, afirmou. Karina afirmou que o partido é conservador, comprometido com a liberdade e ordem, soberanista e de oposição às “falsas promessas do globalismo”.

O programa do partido tem os seguintes princípios:
– Respeito a Deus e à religião
– Respeito à memória e à cultura do povo brasileiro
– Defesa da vida
– Garantia de ordem e da segurança

O programa afirma que o partido “reconhece o lugar de Deus na vida, na história e na alma do povo brasileiro”. Há ainda defesa da posse de armas. Karina disse que o partido “se esforçará para divulgar verdades sobre crimes do movimento revolucionário, como comunismo, globalismo e nazifascismo”. Ainda segundo a advogada, o partido estabelecerá relações com siglas e entidades de países que “venceram o comunismo”, como os do Leste Europeu.

“O Aliança pelo Brasil repudia o socialismo e o comunismo”, disse Karina. A frase foi bastante aplaudida pelos presentes. A plateia começou a gritar: “A nossa bandeira jamais será vermelha”.

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A maioria dos parlamentares do PSL, que pretendem migrar para a nova sigla, ocupava as primeiras fileiras do auditório. Alguns não conseguiram lugar nas primeiras cadeiras porque chegaram mais tarde. Outros quase não conseguiram entrar. Havia ainda dezenas de apoiadores ao lado de fora do auditório, por causa da lotação. Apenas poucos jornalistas tiveram acesso ao auditório principal.

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