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Santa Cruz

Como será o nosso trânsito no futuro; saiba o que está previsto

Ruas que hoje não existem, mais vias de mão única, novas rótulas em cruzamentos, pistas exclusivas para circulação de ônibus, ciclovias cortando a cidade de norte a sul e até viadutos em plena região central. Assim será o trânsito de Santa Cruz do Sul em até duas décadas, segundo as projeções do Plano Diretor de Mobilidade Urbana.

O documento, encaminhado na última semana pela Prefeitura à Câmara de Vereadores, foi elaborado a partir de estudos e diagnósticos sobre os pontos do município que vão exigir intervenções para comportar a tendência de incremento de fluxo nos próximos anos.

Segundo dados do Departamento de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran), entre 2007 e 2018, o número de veículos em Santa Cruz cresceu 56%, enquanto a população aumentou apenas 11% no período. Atualmente, a frota do município chega a 88 mil veículos, fora os de outras localidades que circulam por aqui diariamente em função dos polos empresarial, comercial e educacional.

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No curto prazo, as ações previstas no plano incluem a ampliação da mão única (que passará a vigorar em praticamente todas as principais ruas do Centro) e a implantação de rótulas e rotatórias – uma delas no trevo do Arroio Grande, um dos principais gargalos do trânsito. Já para o médio e longo prazo, o plano prevê obras maiores, como viadutos ou trincheiras em pontos como os trevos do 2001 e do Rio Pardinho, que também já registram sobrecarga, além da implantação de perimetrais em zonas de expansão, como Linha Santa Cruz e Linha João Alves.

Conforme o secretário municipal de Planejamento, Jeferson Gerhardt, a execução dessas ações vai depender da evolução da urbanização, bem como da disponibilidade de recursos para a realização das obras. Antes de ser aprovado na Câmara, o plano ainda passará por novas rodadas de discussões com a comunidade e pode sofrer alterações.

O QUE ESTÁ PREVISTO

MÃO ÚNICA

Um dos destaques do plano é a ampliação dos chamados binários – ruas paralelas em mão única, uma para cada sentido. Em alguns dos trechos incluídos no projeto, os binários já foram implantados, como nas ruas Ernesto Alves e Assis Brasil, em julho do ano passado. No início deste mês, a Prefeitura também anunciou intervenção na 28 de Setembro e Júlio de Castilhos, onde o fluxo passará a correr em sentido único até a BR-471 – as obras de preparação das vias já começaram.

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LEIA MAIS: Como ficará o acesso às novas ruas de mão única em Santa Cruz

O plano, porém, estende o modelo para várias outras vias da região central, como Tiradentes/Galvão Costa e Senador Pinheiro Machado/ Capitão Fernando Tatsch. O projeto inclui ainda as avenidas Independência e João Pessoa, ambas até a Coronel Oscar Jost. Essas vias se interligam, respectivamente, à Venâncio Aires e Tenente Coronel Brito e, com isso, dois dos principais corredores do Centro serão convertidos em mão única.

Outra via prevista no plano é a Gaspar Silveira Martins, considerada pela Prefeitura o calcanhar de Aquiles do município, por se tratar de uma via estreita, com muitas construções (inclusive algumas protegidas pelo patrimônio histórico) e fluxo cada vez mais intenso. A ideia é implantar um binário com a Thomaz Flores. Isso, no entanto, vai exigir outra obra de impacto: a criação de uma nova rua, na lateral do Shopping Germânia, para interligar a Thomaz Flores com a Rio Branco.

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Segundo o secretário municipal de Planejamento, Jeferson Gerhardt, a mão única é fundamental para aumentar a capacidade de tráfego – sobretudo nas vias mais largas, onde é possível implantar três pistas de rolamento –, além de dar mais segurança para pedestres e motoristas. “Permite um trânsito mais fluido. Conversões à esquerda, por exemplo, que que são difíceis em vias de mão dupla, tornam-se possíveis”, disse.

PERIMETRAIS

O plano também prevê diretrizes para criação de ruas em zonas de expansão urbana, como nas regiões de Linha João Alves (zona leste) e Linha Santa Cruz (zona norte), que nos últimos anos vêm assistindo à multiplicação de complexos residenciais. Segundo Gerhardt, serão vias do tipo perimetrais, que permitam a ligação com o Centro. “Estamos estabelecendo as diretrizes. Assim, quando alguém for construir um loteamento nesses locais, terá de levar em consideração que uma rua vai passar ali”, observou.

ROTATÓRIAS

Outra frente envolve a implantação de rótulas e rotatórias em cruzamentos. Uma delas já está em andamento, no encontro da Gaspar Silveira Martins com a Juca Werlang. O plano prevê o mesmo para a esquina da Coronel Oscar Jost com a João Pessoa, junto ao Parque da Oktoberfest.

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Foto: Lula Helfer

 

Uma rótula também é a solução prevista para um dos principais gargalos do trânsito santa-cruzense: o trevo do Arroio Grande, que registra congestionamentos diários em horários de pico. Embora a possibilidade de um viaduto já tenha sido discutida, o estudo apontou a necessidade de uma intervenção no curto prazo. A obra deve incluir ainda alargamento de vias e outras melhorias. Conforme Gerhardt, a ideia, com a multiplicação das estruturas, é reduzir os conflitos e forçar os motoristas a diminuir a velocidade nesses cruzamentos, além de permitir retornos e conversões.

VIADUTOS E TRINCHEIRAS

Além das intervenções menores, o plano prevê obras de maior porte, incluindo viadutos ou trincheiras (passagens subterrâneas). Um dos pontos é o entroncamento da RSC-287 com a Avenida Independência, no trevo que dá acesso à região de Rio Pardinho. O lugar também registra engarrafamentos frequentes, sobretudo pelo fluxo de ônibus em direção ao campus da Unisc durante o período de aulas.

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Foto: Lula Helfer

 

Outros pontos também são previstos, diante da projeção de aumento de fluxo nas próximas décadas. É o caso do trevo do posto 2001 – que também é impactado pelo movimento da Unisc –, bem como o cruzamento da Gaspar Silveira Martins com a Coronel Oscar Jost.

Também é o caso do entroncamento da RSC-287 com a Travessa Dona Leopoldina, que liga a estrada geral de João Alves com a rodovia, na altura do Rancho América. Com o asfaltamento da Leopoldina, que já foi autorizado e também consta no plano, a via se tornará um novo acesso e principalmente uma porta de saída para a população da zona leste, sem precisar atravessar o Centro.

CORREDORES DE ÔNIBUS

O plano ainda prevê corredores de ônibus – faixas exclusivas para circulação de coletivos. Uma das vias que têm previsão é a Tenente-Coronel Brito, onde se localizam os principais terminais do município. Muitos motoristas, inclusive, já evitam a pista lateral por causa da passagem dos ônibus. A Prefeitura, no entanto, não vê necessidade das faixas exclusivas no curto prazo e entende que a implantação delas vai depender da expansão do transporte coletivo urbano nos próximos anos.

CICLOVIAS

Um dos focos é o incentivo para meios alternativos ao transporte individual, dentre eles a bicicleta. Atualmente, Santa Cruz conta com cerca de 13 quilômetros de ciclofaixas – no Distrito Industrial, na Rua Barão do Arroio Grande e na Avenida Paul Harris (até a esquina com a Manoel Antônio de Barros).

A ideia é ampliar as ciclovias, de forma a conectar a zona sul com a zona norte. Tudo indica que isso será feito via Rua Assis Brasil, já que se trata de uma via plana e é possível manter as duas pistas de rolamento. Não se descarta também fazer outras conexões, para ampliar as faixas a outras vias centrais. O plano ainda prevê a implantação de bicicletários no Centro.

Foto: Lula Helfer

 

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