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Mobilização

“Não há diálogo por parte do governo”, diz representante dos policiais militares

Foto: Banco de Imagens

Com a greve dos professores e servidores da Polícia Civil, chegou a vez da Brigada Militar se manifestar sobre a situação

Cada dia mais categorias se mobilizam no Rio Grande do Sul contra o pacote de medidas apresentado pelo governador Eduardo Leite, que prevê mudanças nas carreiras e na previdência dos servidores públicos do Estado. Com a greve dos professores e servidores da Polícia Civil, além do apoio de outras categorias, chegou a vez da Brigada Militar se manifestar sobre a situação.

Na manhã desta segunda-feira, 16, familiares trancaram a sede da BM de Cachoeira do Sul, impedindo a saída de viaturas. A medida é uma forma de protesto e é organizada pelas próprias famílias, conforme o presidente da seção do Vale do Rio Pardo da Associação dos Servidores de Nível Médio da Brigada Militar (antiga Abamf), João Kroth.

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Segundo o presidente, a categoria foi chamada para reuniões com representantes do governo, mas não há resposta para a contraproposta dos PMs. “Não há diálogo por parte do governo. Fomos chamados para reuniões, mas não foi dado nenhum retorno, nem positivo e nem negativo, para as nossas sugestões”, disse.

Kroth alega que falta gestão pública no governo de Eduardo Leite e que os servidores não podem pagar a conta sozinhos. “Se for para fazer, tem que atingir a todos, cadê Poder Judiciário, Ministério Público e outras áreas?”, questionou, destacando que apenas saúde, segurança e educação são as áreas atingidas pelo pacote de medidas.

“Saúde, segurança e educação são investimentos, não gastos. E a valorização do profissional é muito importante. Temos policiais cometendo suicídio na região. Já havia [casos de suicídio] antes, pelo estresse da própria profissão, mas agora, com essa pressão em pleno fim de ano, só aumentam os casos. O governo não reconhece o nosso trabalho em prol da sociedade. Este pacote está atrasando a sociedade, não são os servidores ou a greve. O que falta é gestão neste Governo.”

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O pacote da reforma estrutural do Estado foi encaminhado pelo Piratini à Assembleia Legislativa em meados de novembro. O projeto envolve uma série de alterações nas regras funcionais dos servidores. Entre elas, mudanças previdenciárias e que visam contenção de gastos com pessoal.

Caso não haja recuo por parte do governo Leite, a tendência é de que a matéria seja votada nesta terça-feira, 17. É preparada, para a data, uma grande mobilização em Porto Alegre, com representantes de diversas categorias. Da Brigada Militar, devem partir quatro ônibus dos municípios próximos (Venâncio Aires, Santa Cruz do Sul, Cachoeira do Sul e Rio Pardo), com servidores para a manifestação.

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