Os prejuízos causados pela estiagem levaram nesta quarta-feira, 8, os prefeitos de Vera Cruz, Guido Hoff, e de Vale do Sol, Maiquel Silva, a assinarem o decreto de situação de emergência nos dois municípios. O laudo técnico elaborado pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais na Agricultura Familiar, Emater e Secretaria de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente aponta prejuízo financeiro de R$ 30 milhões em Vera Cruz. Em Vale do Sol, as perdas em consequência do impacto climático no setor agropecuário totalizam quase R$ 47,5 milhões.

LEIA TAMBÉM: Prejuízo com a estiagem em Vale Verde chega a R$ 12,6 milhões

O levantamento sistemático da produção agrícola e pecuária no município de Vera Cruz ocorreu na terça-feira, nas localidades atingidas, baseado em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e empresas fumageiras. O maior prejuízo é na cultura de tabaco, totalizando R$ 19,3 milhões, com quebra de 25% na safra. As perdas na mandioca atingem R$ 1,98 milhão (30% da estimativa de produção), enquanto na soja chega a R$ 1,2 milhão (25% da safra), no milho da safra normal soma R$ 4,8 milhões (50%) e no plantio da safrinha R$ 2 milhões, com perda de 100%. Também no leite há prejuízo de R$ 680 mil, com queda de 20% na produção.

LEIA MAIS: Agricultores enfrentam perdas com a estiagem

O município de Vale do Sol enviou nesta quarta a documentação à Defesa Civil informando a assinatura do decreto de situação de emergência devido à estiagem. A iniciativa visa facilitar a ação do município para amenizar os problemas. O prefeito Maiquel Silva enfatizou que o documento serve como um alerta pela escassez de água, até para consumo humano, e pelos prejuízos ocasionados no setor agrícola. O custo das ações já realizadas pelo Executivo em resposta à estiagem soma R$ 33 mil. O valor envolve as despesas com caminhões-pipa próprios e terceirizados, veículos e horas extras dos servidores.

LEIA TAMBÉM: Com perdas de 62 milhões, Santa Cruz decreta situação de emergência