Rádios ao vivo

Leia a Gazeta Digital

Publicidade

Incentivo

Caminhos do Tabaco: cultura foi fundamental para filhos ficarem no meio rural

Foto: Romar Beling

União familiar garante êxito no trabalho executado em propriedade de 37,5 hectares

Uma combinação de empenho, criatividade e força de vontade permite que uma família da localidade de Serra Azul, a 10 quilômetros da sede do município de Pouso Redondo, de 17 mil habitantes, situado nas imediações de Rio do Sul, em Santa Catarina, obtenha sucesso no agronegócio. E ela tem no tabaco um dos pilares de sua renda, ainda que a propriedade seja muito diversificada, explorando atividades como pecuária leiteira e cultivo de soja e de milho. Mas é em especial a capacidade de inovar e adotar tecnologias simples e eficientes que proporciona ao clã Alexandre os bons resultados e a qualidade de vida, como pôde conferir na manhã dessa quarta-feira, 19, a equipe da expedição Os Caminhos do Tabaco 2020.

Quem está no centro desse trabalho exemplar em qualquer realidade de agricultura familiar é o casal Lindomar Alexandre, 49 anos, e Seli Maria Tavares Alexandre, 47, que administram a propriedade herdada por ele de seus pais, Juventino, 83, instalado em uma casa próxima da sua, e Anita, já falecida. Seu Lindomar e dona Seli são pais de Leonardo, 27; Cátia, 25; e Daiana, 20. Esta já é casada com Djonatan Rech, que reside com a familia, por ora na mesma casa dos pais dela, e está plenamente integrado ao ritmo de vida e de execução das tarefas na propriedade. O irmão de Daiana, Leonardo, também mora no mesmo pátio, mas em casa própria, enquanto sua namorada trabalha na cidade. O mesmo faz a irmã, Cátia, formada em Engenharia da Produção e que atua como auxiliar administrativa em empresa na sede do município.

LEIA MAIS: Caminhos do Tabaco: visitas começaram pelo Paraná

Enquanto os pais cuidam es pecialmente da exploração da atividade leiteira, com 45 cabeças de gado, das quais 21 vacas em lactação, Leonardo e o cunhado Djonatan, ao lado de Daiana, apostam no cultivo de tabaco. Na safra 2019/20, plantaram 133,5 mil pés, como refere Daiana, primando pela exatidão no total de mudas levadas à lavoura. O que permite aos três cuidar da colheita de tal volume de plantas é uma invenção assinada pelo irmão Leonardo, que tem na habilidade de engenharia e de mecânica um de seus dons.

Publicidade

Trata-se de uma máquina de colher tabaco exclusiva construída pela família sob a sua orientação, no que gastaram cerca de R$ 20 mil na aquisição dos elementos necessários. “Eu havia ido à Expoagro Afubra, em Rio Pardo, em 2016, e ali conheci uma máquina de colher tabaco”, frisa Leonardo. Tal equipamento logo chamou sua atenção, e se sentiu instigado a empregar seus conhecimentos na área de mecânica. De volta a Santa Catarina, foi conferir outros três modelos, e dos quatro juntos tirou inspiração e recursos para criar um de sua própria autoria.

A máquina permite que três pessoas, sentadas em bancos ou cadeiras, com bastante conforto, inclusive com direito a ventilador individual e ouvindo música, colham as folhas na medida em que o equipamento, munido de pneus e guiado por comandos por um deles, percorre as linhas das plantas.

LEIA MAIS: Família cultiva 240 mil pés de tabaco em Ipiranga, Paraná

Publicidade

Controlador
A produção é levada às unidades de cura, no total de quatro, duas de grampos e duas de folhas soltas, para a secagem. E nesse processo outra novidade se mostra valiosa: um controlador inteligente de cura, da marca Scorpion, fabricado em Taió (SC), empresa da qual Leonardo se tornou assistente técnico em sua região. Esse controlador permite potencializar o tempo, a energia e a lenha, ao regular de forma automática as etapas de amarelamento e de secagem das folhas. “ Ganhamos um dia na conclusão da cura de cada estufada, o que é formidável, e a qualidade do tabaco é totalmente preservada”, comenta.

Com tais recursos, a família tem no tabaco a base econômica para todos os investimentos em curso, como a aquisição de mais áreas de terra, a construção de confortáveis benfeitorias, a manutenção de um pátio amplo, aprazível e arborizado e, claro, em qualidade de vida. Eles ainda têm açudes para a criação de peixes, cultivam alimentos de subsistência e plantam 39 hectares de soja, cerca de 32 deles arrendados. A propriedade hoje tem cerca de 37,5 hectares, e pode ser considerada um exemplo de união e de condução em perfil familiar.

LEIA MAIS: Os Caminhos do Tabaco 2020

O projeto
A Expedição Caminhos do Tabaco está em sua quinta edição e é uma iniciativa da Gazeta Grupo de Comunicações. O patrocínio é da Prefeitura de Santa Cruz do Sul, Sinditabaco, Unisc, Afubra e Philip Morris Brasil, e o apoio é de City Car Aluguel de Veículos.

Publicidade

Aviso de cookies

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdos de seu interesse. Para saber mais, consulte a nossa Política de Privacidade.