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coronavírus

Acadêmicos participam de pesquisa para adquirir experiência

Pesquisa ainda prevê mais três rodadas de visitas a residências para testagem

No último fim de semana, dias 11 e 12, foi iniciada a pesquisa que busca estimar o número de pessoas infectadas pelo coronavírus no Estado, considerando as assintomáticas, para compreender a velocidade e as formas de propagação. O trabalho, que é coordenado pela Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), com investimentos do governo do Rio Grande do Sul, conta com apoio da Unisc e de outras universidades parceiras. Ao todo serão realizados 18 mil testes em nove cidades que se encontram nas regiões intermediárias do Estado, segundo critérios do IBGE.

Em Santa Cruz do Sul, o estudo é acompanhado pelos professores da Unisc Andréia Valim, Cezane Reuter, Jane Renner, Lia Possuelo, Luciano Duro e Marcelo Carneiro e realizado por 23 voluntários, acadêmicos dos cursos de áreas da saúde na instituição. Ainda restam três rodadas de 500 testagens no município, que serão implementadas com pausas de duas semanas entre cada uma.

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Foram visitadas residências sorteadas por inteligência artificial em 25 setores censitários do município.

Acadêmicos de áreas da saúde da Unisc receberam o convite para participar do estudo e os interessados foram submetidos a análise de perfil. Após o processo seletivo de 23 estudantes de diferentes cursos, foi realizado um treinamento para que o trabalho ocorresse de modo seguro tanto para os pesquisadores quanto para os participantes. Além das instruções sobre como abordar a população, realizar os testes e utilizar os equipamentos de proteção individual (EPIs), todos os pesquisadores foram submetidos a testagem para Covid-19.

Erineia Gonçalves, técnica de enfermagem e acadêmica de Serviço Social – uma das voluntárias da ação –, reforça que em um período de tantas dúvidas é essencial contar com informações embasadas. “A falta de conhecimento sobre a doença causa insegurança para a população. Essa ação, além de trazer muito aprendizado para nós acadêmicos, vai proporcionar possíveis soluções no enfrentamento do novo coronavírus”. Segundo Andreia Haag, concluinte do curso de Fisioterapia, participar do projeto será importante para seu desenvolvimento como profissional. “Poder auxiliar em uma crise da saúde certamente agregará novas perspectivas.”

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Voluntários passaram por treinamento

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Já a voluntária da pesquisa, Camila Fontoura Guimarães, acadêmica de Biomedicina, conta que além do conhecimento compartilhado, houve um momento que destacou a importância dos profissionais da saúde para a preservação da população. “Em uma das famílias que visitei na primeira fase da pesquisa, um jovem com síndrome de Down queria me abraçar e, quando eu expliquei que não podia, pela segurança dele, me deu uma cartinha para agradecer o trabalho.”

Para Andréia Valim, professora da Unisc que está acompanhando o projeto, esse é um momento para que os acadêmicos desenvolvam suas capacidades humanas e profissionais. “Estamos muito satisfeitos com o resultado da primeira rodada. Nossos estudantes foram incansáveis para atingir o número de entrevistas necessárias nesta etapa. Agora precisamos nos organizar para as próximas.”

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A importância da pesquisa

Segundo Lia Possuelo, bióloga e professora da Unisc, os testes para Covid-19 são realizados de duas formas: uma por meio da testagem molecular (PCR), que detecta a presença do RNA do vírus na amostra biológica, indicando que existe a doença; e outra, como vem ocorrendo na pesquisa, por meio do teste rápido que analisa a presença de anticorpos que demonstram ou a presença da doença em fase aguda ou que já houve contato com o vírus em algum momento. No caso da Covid-19, uma doença de rápida propagação, as duas formas de testagem são importantes, pois ao identificar a doença é possível isolar o paciente e evitar o contágio de mais pessoas.

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Para Jane Renner, farmacêutica e professora da Unisc, o maior ganho da ação é estimar a proporção de casos de infecção pelo novo coronavírus, incluindo as pessoas assintomáticas, além de conhecer a velocidade da propagação viral. Deste modo, segundo ela, é possível buscar estratégias mais assertivas no enfrentamento da doença. Jane também destaca que o estudo tem grande relevância para Santa Cruz do Sul, tanto pelos 2 mil testes que serão realizados ao longo das quatro etapas quanto por revelar como a população vem se comportando em relação às medidas de isolamento.

Os primeiros resultados divulgados pela Ufpel estimam que há um infectado a cada 2 mil habitantes no Estado, podendo existir 5.650 pessoas que têm ou já tiveram o vírus. A pesquisa aponta que o número de infectados pode ser até 15 vezes maior do que o registrado.

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