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Pandemia

Setor do tabaco solicita flexibilização para manter fábricas operando

A expectativa em torno do anúncio de um novo decreto relacionado à prevenção contra o coronavírus em todo o Rio Grande do Sul levou o setor do tabaco a defender a flexibilização a fim de que as empresas possam seguir operando. O documento, assinado pelo presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Iro Schünke, foi enviado nesta sexta-feira ao governador Eduardo Leite, para compor as diretrizes do Modelo de Distanciamento Controlado, utilizando-se da possibilidade de encaminhar sugestões advindas de entidades, organismos e instituições das regiões.

Atualmente, Santa Cruz do Sul está na faixa laranja das orientações para distanciamento social, a serem seguidas por comércio, serviços e indústrias. O novo decreto que, a princípio, deverá ser anunciado pelo governador Eduardo Leite neste sábado, e que adotaria o modelo chamado de “distanciamento controlado”, passaria a valer a partir de segunda-feira. Em nota emitida ao final da tarde desta sexta-feira, a Assessoria de Comunicação do SindiTabaco apresentou as argumentações que a entidade enviou ao governo do Estado.

Iro Schünke, no documento, adverte que essa época é crucial para a indústria do tabaco, uma vez que menos da metade da atual safra foi comercializada pelos produtores junto às empresas às quais são integrados, e o processamento deste produto vem sendo feito. Ao mesmo tempo, os agricultores já estão recebendo os insumos para dar início à semeadura e à preparação da nova safra, momento decisivo em que todo e qualquer atraso é relevante, em virtude da boa continuidade do ciclo da cultura.

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“As indústrias do setor estão cumprindo rigorosamente todas as recomendações sanitárias estipuladas pelas autoridades competentes no combate ao coronavírus”, frisa. “A manutenção das atividades torna-se essencial, em especial para que o produtor possa vender o seu produto, tanto pela questão econômica quanto pela perecibilidade deste.” Schünke lembra que o tabaco, folha fina e delicada, não pode ficar muito tempo armazenado, correndo risco de perda de qualidade em virtude de umidade, entre outros problemas. E a chegada dos dias mais frios do inverno igualmente dificulta a preparação e a classificação das folhas por parte dos produtores.

O SindiTabaco menciona que o tabaco respondeu por 9,62% do total das exportações gaúchas em 2019, com US$ 1,77 bilhão em receita. O produto representou 0,95% do total das exportações brasileiras e 4,84% dos embarques da região Sul. O Rio Grande do Sul concentra metade da produção nacional, e a renda do tabaco é ainda mais importante nesse período de recessão econômica, quando negócios de outros setores estão seriamente afetados.

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