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FUMICULTURA

Começa a poda das mudas de tabaco nos canteiros

Foto: Rafaelly Machado

Giovane Weber prepara as mudas, na propriedade em Linha João Alves

Uma coisa que pouca gente sabe – exceto quem lida com tabaco – é que antes de irem para a lavoura as mudas desenvolvidas nos canteiros passam por podas. Na região, a primeira poda das mudas já está ocorrendo.

Na propriedade da família Weber, em Linha João Alves, no interior de Santa Cruz do Sul, o primeiro corte das mudas do tabaco está praticamente concluído. Por lá utiliza-se um equipamento adaptado, que funciona de forma semelhante a uma guilhotina. “Talvez seja necessário fazer umas duas podas ainda, tudo vai depender do comportamento do clima até agosto”, disse o produtor Giovane Weber. O fumicultor, que também é colunista da Gazeta do Sul, prepara 75 mil mudas para o transplante. “A gente produz mudas para nosso plantio e para meu pai. Fizemos a mais para não faltar.”

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À esquerda, a muda podada. À direita, a planta antes da poda | Foto: Rafaelly Machado

Ao lado da esposa Louvane Weber e do vizinho Nestor Hentschke, o produtor adaptou uma técnica. Criou uma espécie de guilhotina com uso de borracha e linha de pesca. “Tem produtores que usam máquina elétrica, mas a gente prefere mesmo o sistema manual, é mais seguro.”

Louvane conta que a poda funciona melhor de manhã. À tarde, sob o sol, mesmo quando não é quente, as mudas murcham e o trabalho é prejudicado. “A gente faz um pouquinho cada dia, e logo a tarefa é vencida”, compartilhou a produtora.

Na “guilhotina”: as mudas, ainda na bandeja, são preparadas pela família Weber | Foto: Rafaelly Machado

É importante que a muda fique bem forte, para que consiga se desenvolver por completo quando for para a lavoura em definitivo.

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Giovane Weber, fumicultor

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Clima dita o tempo das podas antes do replantio na lavoura

A família Weber prepara-se para realizar pelo menos mais duas podas até agosto. A próxima deverá ocorrer em 30 dias. Passados mais 15 dias, outro corte deve ser feito. “É importante que a muda fique bem forte, para que consiga se desenvolver por completo quando for para a lavoura em definitivo”, recomenda Weber.

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O gerente técnico da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Paulo Vicente Ogliari, explica que a poda de mudas de tabaco é uma prática comum. Ocorre com maior frequência quando os dias iniciais do desenvolvimento das plantas nos canteiros são quentes, como ocorreu neste ano. “É necessário deixar o caule da muda mais forte. Com caule e raízes sadias, ela se desenvolve muito melhor”, ressalta.

O produtor que já tem mudas grandes poderá também antecipar o plantio. Mesmo correndo o risco de perder parte das mudas com a incidência da geada, o perigo de ter as folhas queimadas e prejudicadas pelo sol, no fim da safra, é grande. “Há uma tendência de seca e de muito calor no fim do ano. Por conta disso, muitas empresas estão até orientando o produtor a se antecipar”, confirma Ogliari.

Foto: Rafaelly Machado

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