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Rio Pardo

Funcionários reclamam de más condições de trabalho no Hospital Regional

Foto: Rafaelly Machado

Funcionários e colaboradores do Hospital Regional do Vale do Rio Pardo reclamam da falta de estrutura da casa de saúde e também do não pagamento de salários. Os valores deveriam ter sido creditados até o quinto dia útil de julho, o que não ocorreu. Esta não é a primeira vez que o atraso acontece desde que começou a intervenção no hospital, a cargo do Instituto de Administração Hospitalar e Ciências da Saúde (Iahcs), que assumiu a gestão depois do afastamento da Abrassi em decorrência da Operação Camilo.

Em junho, uma paralisação parcial dos servidores chegou a ser feita por dois dias, após o atraso do pagamento referente a maio. A técnica de enfermagem Geane Beatriz Pereira, que atua no setor da emergência do Hospital Regional há três anos, relatou o drama que está passando. Além de não receber o salário, ela testou positivo para a Covid-19 e teve de ser afastada por 14 dias para o tratamento.

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“Toda minha família testou positivo, tem mais funcionários contaminados que estão afastados e não são repostos. Na emergência há apenas dois técnicos trabalhando e outros estão colocando atestado por não terem dinheiro para o deslocamento ao trabalho.” A profissional também afirmou que há falta de medicamentos, inclusive de oxigênio na área da Covid. “Está um caos, faltaM medicamentos e teve um dia que não tinha mais oxigênio para repor a pacientes da Covid. Para não deixá-los sem, arrastei um tubo de oxigênio de uma sala a outra.”

Na segunda-feira, 20, membros da comissão interna dos funcionários do hospital estiveram na Câmara de Vereadores para pedir apoio. Segundo eles, desde que a Iahcs assumiu, não há diálogo com os trabalhadores. “Chega a ser desumano o que estamos passando, pois não sabemos de quem somos funcionários nem quem vai nos demitir, porque do jeito que está, não temos mais como continuar trabalhando. Quando a Abrassi administrava, nunca tivemos o salário em atraso, nem falta de medicamentos”, garantiu.

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Um funcionário que é membro da comissão interna, e prefere não se identificar por medo de sofrer advertência, também confirmou a situação. Segundo ele, há número insuficiente de trabalhadores em diversos setores e nenhuma previsão sobre o salário é fornecida. “Entendemos que em maio o pagamento dependia de um alvará da Justiça para liberar os recursos, mas agora eles dizem que está havendo uma burocracia bancária. Queremos uma explicação”, disse.

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Secretário diz que pagamento sai até sexta

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O secretário municipal de Saúde, Volnei Jost, que assumiu o cargo nessa segunda-feira, 20, realizou uma reunião com a diretora administrativa do Iahcs, Cláudia Abreu, para tratar do assunto. No fim do dia, ele esclareceu que alguns pagamentos começarão a ser feitos a partir desta quarta-feira, 22. “Quem ainda não recebeu deverá receber até sexta-feira. Alguns funcionários tiveram problemas devido à conta-salário, que ainda não tinham.”

Segundo ele, problemas de burocracia bancária teriam sido o motivo do atraso. “Antes a conta era judicial. Agora o Estado está depositando os recursos automaticamente na conta do instituto, que repassa para a conta de cada trabalhador”, disse. Sobre a falta de profissionais, Jost informou que três técnicos de enfermagem e dois enfermeiros deverão ser contratados de forma emergencial nos próximos dias.

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Em relação à falta de medicamentos, o secretário confirmou o problema e revelou que um pedido de compra já foi encaminhado. Da mesma forma, o oxigênio que estava em falta no último fim de semana já foi reposto pela Prefeitura.

Atualmente, o Hospital Regional conta com nove profissionais de saúde que testaram positivo para o novo coronavírus. Nessa terça-feira, 21, pela manhã ocorreu a inauguração de dez leitos específicos para a área da Covid-19.

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