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Efeito pandemia

Lojas enfrentam dificuldades para repor os estoques

Foto: Alencar da Rosa

Além das restrições para o funcionamento, limites de horários, funcionários e clientes dentro dos estabelecimentos, o comércio varejista de Santa Cruz do Sul vem enfrentando mais um desafio durante a pandemia do novo coronavírus: a dificuldade para repor os estoques, que resulta em menor variedade de produtos disponíveis aos clientes. As causas apontadas são a capacidade reduzida das fábricas e fornecedores e também as limitações ao transporte de mercadorias em todo o País.

A situação, que vem se agravando, preocupa os empresários do setor e atinge até mesmo as grandes redes. “Existem algumas rupturas no fornecimento, devido às fábricas estarem com seus quadros reduzidos em 25%, 50% ou até mesmo totalmente fechadas”, explica o gerente comercial das Lojas Quero-Quero, Moisés Prado.


Ele acrescenta que o fato de as pessoas permanecerem mais tempo em casa, por vezes até mesmo trabalhando de casa, despertou em muitas o interesse em novos produtos, gerando uma demanda que pegou as lojas de surpresa. “Hoje, mesmo que você faça o dobro do pedido que fazia antes, os fornecedores não entregam, porque eles não têm essa capacidade de fabricação”, enfatiza Prado.

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Os móveis estão entre os itens mais afetados pelas dificuldades na produção, bem como televisores, eletrodomésticos e condicionadores de ar. Em muitos casos, esses produtos dependem de peças importadas e são apenas montados no Brasil, conforme explica o supervisor das Lojas Becker, Aloisio Staudt. Segundo ele, a rede tem conseguido atender à demanda devido à preparação feita ainda no começo da crise sanitária, mas a tendência é que a situação se agrave nos próximos meses, se a pandemia persistir. “Daqui a pouco, é possível que o cliente queira o produto e as lojas não tenham como atendê-lo”, ressaltou.

De acordo com o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Santa Cruz do Sul, a questão dos importados também afeta diretamente as empresas do ramo de informática e eletrônicos, que têm a maioria dos seus produtos vindos de outros países. Essa condição também é percebida por quem comercializa artigos de bazar.

“Alguns itens estão faltando ou vão faltar, devido à sua região de origem. Onde as fábricas estão fechadas ou operando com restrições existe um atraso na entrega”, relata Nádia Rohr, gerente comercial da Afubra. Ela cita também os eletrodomésticos como outro gênero afetado.

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