Rádios ao vivo

Leia a Gazeta Digital

Publicidade

SANTA CRUZ DO SUL

Nuvens de poeira incomodam moradores em Linha João Alves há 10 anos

Foto: Lula Helfer

Poeira dos automóveis é ampliada pelos caminhões, que cruzam diariamente pela via

Um problema histórico vem afetando mais de 20 famílias que moram em Santa Cruz do Sul. Nos altos de Linha João Alves, mais precisamente na Rua dos Jerivás, nuvens de poeira tapam as residências. O problema ocorre todos os dias, sobretudo de segunda a sexta-feira. Ao fundo da via de 910 metros, há uma pedreira licenciada e operada pela Prefeitura, de maneira que diariamente uma grande quantidade de caminhões busca material para ser levado às obras do município.

Tal fato é recorrente há mais de uma década. Em 2009, o grupo de moradores começou a enviar abaixo-assinados à Prefeitura, segundo eles, sem nunca ter obtido sucesso. “Um governo foi passando para o outro. Queremos uma solução para a poeira. É uma questão de saúde, pois não conseguimos nem respirar direito aqui, com crianças e idosos em muitas famílias”, relatou um dos moradores.

LEIA MAIS: Caminhão-caçamba cai em valeta em Linha João Alves

Publicidade

Segundo ele, a quantidade de poeira que entra na escola, atingindo as crianças, é muito grande. “Neste período de pandemia, felizmente elas não estão passando por isso”, complementou. Na última sexta-feira, os moradores realizaram uma manifestação pacífica – trancaram a passagem dos caminhões na via junto à pedreira, exigindo algum retorno da Prefeitura. Diante da situação, a Secretaria Municipal de Obras aceitou conversar com os moradores na manhã desta segunda-feira, para definir uma solução para o caso.

“Com relação ao serviço de pavimentação da Rua dos Jerivás, em Linha João Alves, a secretária de Obras e Infraestrutura, Diani Sopelsa, esclarece que já foi realizada a assinatura do contrato dos termos de parceria”, disse a assessoria de imprensa da Prefeitura em nota. “Nesta segunda, às 8h30, representantes dos moradores serão recebidos pela secretária para debater o assunto.”

LEIA TAMBÉM: Barro causado por obra da Fase gera transtorno a moradores

Publicidade

Diante do problema, asfalto é opção

Uma das possibilidades levantadas para a solução do problema na área seria a pavimentação asfáltica da via. Segundo os moradores, ao longo dos anos sempre surgiram empecilhos colocados pela Prefeitura para a não realização do procedimento.

A largura da Rua dos Jerivás é de quatro metros. No termo de pavimentação das vias exigido pela Administração Municipal, deve haver uma largura mínima de 16 metros de cerca a cerca – dez de rolagem para os veículos e três de calçada em cada um dos lados.

LEIA TAMBÉM: Cerca de 200 ruas esperam por pavimentação em Santa Cruz

Publicidade

“Primeiro, faltava o nome da rua. Fomos lá e conseguimos. Depois, precisava legalizar a via, o que conseguimos também, assim como desmembramos os lotes. Foi tudo regularizado, feita matrícula, para a partir daí gerar os impostos. Tudo que a Prefeitura nos solicitou, fizemos”, disse um morador.

Uma das últimas exigências foi um termo de parceria, para que os moradores custeassem a pavimentação e a Administração entrasse com a mão de obra. Alguns moradores têm as frentes das propriedades extensas, o que significa um investimento alto em adequações e material.

LEIA MAIS: Nas sacadas, ar puro; nas ruas, menos trânsito e acidentes

Publicidade

“Mesmo assim, assinamos os termos, levamos os documentos e estamos dispostos a pagar para terminar a situação da poeira. A Secretaria de Obras nos deu um levantamento do material necessário. Corri atrás e fiz orçamento. Quando chegou na hora de apresentar, vieram com outro empecilho. Ou seja, a Prefeitura tem sempre um argumento para não fazer, pois não tem interesse.”

Tal empecilho seria a doação de parte de um terreno de uma moradora no início da via. Os outros residentes alegam que não são eles que devem buscar o convencimento da vizinha para ceder a área – tal procedimento deve ser realizado pela Prefeitura. “Acaba que sempre está nas mãos dos moradores e não é nosso compromisso cobrar de uma moradora.”

Mesmo assim, o grupo deixa claro que a pavimentação é uma solução diante do problema da poeira, causada principalmente pelo fluxo de caminhões da Prefeitura e de empresas terceirizadas. Na opinião deles, se não existisse esse tráfego intenso, não seria necessária a pavimentação.

Publicidade

LEIA TAMBÉM
Começa asfaltamento na Rua Antônio Kipper, no Loteamento Motocross
Pavimentação no Motocross volta a gerar polêmica na Câmara

Aviso de cookies

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdos de seu interesse. Para saber mais, consulte a nossa Política de Privacidade.