Um grupo de gafanhotos foi visto na propriedade do morador de Santa Cruz do Sul Rafael da Silva Michel, na tarde dessa terça-feira, 8. Os insetos estavam agrupados nas folhas da horta feita para consumo próprio, no Bairro Santuário.
De acordo com o biólogo e professor do Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) Andreas Köhler, os insetos são inofensivos e não há motivos para preocupação. Embora não tenha sido possível identificar a espécie dos gafanhotos que apareceram na horta de Rafael, já que ainda estão na fase ninfa (não adulta), Andreas disse que não se trata da mesma espécie que integra a temida nuvem de gafanhotos que voltou a colocar o Rio Grande do Sul em alerta na última semana de novembro.
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O professor esclarece que há mais de 30 espécies de gafanhotos já conhecidas do município de Santa Cruz do Sul, cinco delas com este tipo (padrão e coloração) de ninfa. De acordo com Köhler, o agrupamento é visto como uma forma de defesa dos animais. “Já que vieram da mesma mãe, que colocou os ovos juntos no mesmo local, eles permanecem juntos até chegarem à fase adulta e, assim que conseguem voar, se espalham individualmente.”
Ainda de acordo com o professor, os insetos não representam riscos a hortas ou lavouras pois, segundo ele, estão em pouca quantidade. “Pelas fotografias, os bichos parecem ter três semanas de vida, então vai dar, aproximadamente, 30 dias até que eles desapareçam”, explica. A orientação, segundo Andreas, é não fazer nada em relação aos insetos. Em caso de um real incômodo a lavouras ou hortas, a orientação é usar algum produto biológico para eliminar os gafanhotos, mas livre de agroquímicos.
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