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Saúde animal

Saiba o que fazer em caso de ataques de morcegos

Inspetoria faz buscas em grutas e furnas

Na última quinta-feira, 3, a Gazeta do Sul publicou matéria na página 7 sobre ataques de morcegos a equinos em uma propriedade de Linha Pinheiral. O criador Carlos Leandro Borges citou ocorrências nos últimos três anos, o que afeta os quatro animais mantidos por ele.

A médica-veterinária Aline Corrêa da Silva, atual responsável pela Inspetoria de Defesa Agropecuária de Santa Cruz do Sul, explica que, embora os primeiros ataques tenham ocorrido antes de sua chegada ao município, não foi aberta uma investigação epidemiológica. O motivo foi o fato de a propriedade e os animais não estarem cadastrados na instituição.

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Aline informa que desde o último mês de junho, quando o primeiro caso de raiva herbívora foi confirmado em Santa Cruz após dez anos, nenhuma suspeita ficou sem atendimento. Ela ressalta a importância de os produtores regularizarem seus animais junto à Inspetoria Veterinária. Com a adoção dessa providência, o serviço oficial tem condições de ajudar em casos suspeitos de doenças como raiva, tuberculose, febre aftosa, mormo e outras.

A médica-veterinária reforça a importância de notificar a inspetoria sempre que houver qualquer suspeita da doença. “Desde o primeiro caso, em junho, podemos dizer que no mínimo 20 animais morreram em decorrência da raiva herbívora em Santa Cruz do Sul e Passo do Sobrado. Não podemos precisar o número porque muitos produtores não informam nem a suspeita nem a morte”, ressalta.

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O que é a raiva?

É uma doença causada por um vírus que afeta o sistema nervoso do animal e não tem cura, levando à morte em poucos dias. É chamada de “raiva dos herbívoros” quando ocorre nos bovinos, equinos ovinos ou caprinos. O principal transmissor do vírus para os herbívoros é o morcego hematófago, que se alimenta de sangue. Ele pode agir como transmissor ao morder o animal.

A Inspetoria Veterinária, além de investigar mordeduras nos animais com agressões e coletar encéfalo para a confirmação laboratorial do diagnóstico, faz, anualmente, a revisão dos refúgios mais comuns dos morcegos para tentar controlar a população. Por isso, é importante que os produtores informem sobre locais que talvez abriguem morcegos como furnas, cavernas, fendas em pedras, túneis, casas e fornos abandonados.

Como proteger seu rebanho?

Com a vacina a partir de quatro meses de idade. É necessário fazer o reforço após 21 dias da primeira dose. Depois, anualmente em dose única. É importante informar a Inspetoria Veterinária sobre mordidas de morcegos nos animais (feridas com sangue escorrendo ou falha no pelo em casos mais antigos), sobre os refúgios dos morcegos e casos de animais doentes com sintomas da raiva (animal isolado do rebanho, dificuldade para caminhar e levantar, paralisia dos membros, salivação). Outra medida essencial é o cadastro anual da propriedade e dos animais na inspetoria (o prazo foi prorrogado até 30 de dezembro neste ano). O contato da unidade em Santa Cruz é o 3711-2176.

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