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Santa Cruz

Prefeitura desiste de complexo de piscinas no Bom Jesus

Foto: Rafaelly Machado

Complexo contaria com oito piscinas que foram compradas por entidade empresarial

A Prefeitura de Santa Cruz do Sul decidiu suspender a implantação de um complexo de piscinas comunitárias no Bom Jesus. Anunciada em janeiro do ano passado pelo então prefeito Telmo Kirst (PSD), a obra foi alvo de contestações e não teve sequer o apoio da maioria dos moradores. O Palacinho garante que não haverá desperdício de dinheiro público.

O complexo seria o primeiro de pelo menos quatro que a gestão Telmo planejava instalar em bairros, conforme o anúncio feito à época. A estrutura que foi parcialmente montada na Rua Marcílio Dias inclui oito piscinas – quatro infantis e quatro para adultos –, além de vestiário, sanitários e guarita. A área também seria cercada.

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Estimado em R$ 110 mil, o investimento sofreu questionamentos desde o início. Em fevereiro, a prefeita Helena Hermany (PP) reuniu-se com representantes do Bom Jesus e sinalizou que não pretendia levar o projeto adiante. Uma das preocupações era o custo de manutenção, já que seria necessário, por exemplo, dispor de servidores para controlar o acesso. Nos últimos meses, ainda que as piscinas não estivessem abertas ao público, o Município arcou com custo de horas extras por conta da necessidade de um guarda municipal para garantir a proteção das instalações 24 horas por dia.

Nessa terça-feira, 13, o vice-prefeito Elstor Desbessell (PL) confirmou a decisão de interromper a obra. Segundo ele, ao invés de piscinas, a ideia é instalar ali um centro esportivo, com campo sintético. A entrega deve ocorrer ainda este ano. “Não podemos abandonar. Não adianta só tirar as piscinas e não dar alguma finalidade social para aquela área”, justificou.

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Elstor negou que a mudança de rumo signifique que recursos públicos serão colocados no lixo, já que as piscinas foram compradas pela Associação de Entidades Empresariais (Assemp), por meio de parceria com o governo, e o restante da infraestrutura será aproveitada. “O que está sendo retirado são as piscinas, que não foram pagas com dinheiro público”, alegou. A Assemp já foi notificada para retirar as piscinas o quanto antes, para evitar que se tornem focos de dengue.

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“Nunca pedimos as piscinas”
Procurado, o presidente da Associação de Moradores do Bairro Bom Jesus, Clairton Ferreira, o Tim, disse que a saída encontrada pelo governo municipal foi aprovada pela comunidade. Segundo ele, a implantação do centro esportivo vai favorecer atletas de base que vivem no bairro e hoje não dispõem de um espaço adequado. De acordo com Tim, o complexo de piscinas foi anunciado sem uma consulta prévia à comunidade. “Nunca pedimos essas piscinas, porque tínhamos outras prioridades para o bairro”, alegou. A demora na obra do complexo causava preocupação aos moradores, que temiam que o local se transformasse em um “elefante branco”.

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