Os chamados corredores “pipoca” são motivo de preocupação para organizadores de provas em Santa Cruz do Sul. São as pessoas que participam de corridas de rua sem estarem inscritas no evento. A prática parece inofensiva, mas é desrespeitosa em relação aos atletas devidamente inscritos e pode impactar na segurança e credibilidade da organização. Alguns chegam a usufruir da infraestrutura, como hidratação, alimentação e serviços de massoterapia e fisioterapia.
A Corrida de São Silvestre, que completa 100 anos em 2025, é mais famosa pela presença dos “pipocas”. Levantamentos de anos anteriores apontam que a prova na capital paulista, a cada 31 de dezembro, conta com aproximadamente 30% de participantes sem inscrição. Por conta das grandes distâncias da maioria das provas, o bloqueio total do percurso é praticamente impossível, por mais que sejam colocados pontos de fiscalização. Sem o menor constrangimento, muitos intrusos cruzam o pórtico da linha de chegada. É possível comprovar isso nas provas com transmissão.
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Gestor de Eventos Esportivos da Gazeta Grupo de Comunicações, Alexandre Cruxen relatou que o problema tem sido recorrentes nas provas organizadas por ele. A segurança é um ponto central na discussão. “Os atletas devidamente inscritos contam com seguro de vida. Se um atleta cair, por exemplo, automaticamente haverá um procedimento de atendimento com ambulância. Imagina se a gente tiver que fazer a remoção de um ‘pipoca’ e deixar quem realmente se inscreveu sem assistência imediata”, argumentou Cruxen.
Outro organizador, Daniel Silva também acredita que é importante coibir a prática e conscientizar os corredores de rua sobre os problemas resultantes na participação irregular nas provas. “É difícil impedir a entrada dos ‘pipocas’ porque não há bloqueio em todas as ruas. O mais grave é a utilização da infraestrutura. Pode faltar hidratação e alimentação para quem pagou a inscrição, por exemplo. Precisamos estar sempre atento a essas ocorrências”, explicou.
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Diretor do Sesc Santa Cruz do Sul, Fabrício Gianezini reforçou a importância da participação regularizada dos atletas. “Se acontece um acidente, o atleta está segurado por meio da inscrição. Já vivenciei um caso de atendimento a um atleta que não estava inscrito. A prática dos ‘pipocas’ atinge diretamente a responsabilidade dos organizadores. Além disso, tem o limite técnico. É criada uma infraestrutura para um determinado número de atletas. Os intrusos também podem prejudicar o aspecto esportivo, ao atrapalharem os atletas inscritos na linha de chegada, por exemplo”, sublinhou.
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