Existem lugares e ambientes que são irresistíveis para mim. Alguns guardam reminiscências do guri nascido na colônia. Outros, de experiências profissionais a partir de viagens pelo Rio Grande afora. Um desses lugares memoráveis são as bancas de jornal e revistas, uma modalidade de venda que praticamente foi extinta pelo onipresente mundo digital. Jornais “de papel” são raridade e muita gente compra velhas edições para socorrer seu pet doméstico.
Apesar dos modismos, alguns espaços desse tipo resistem ao tempo e à mudança de hábitos. Em Porto Alegre, onde resido, está cada vez mais difícil encontrar aquelas bancas “à moda antiga”. Elas deram lugar à comercialização de apostilas para concursos, além de refrigerantes, sucos, lembrancinhas da cidade e guloseimas multivariadas. As chamadas “bancas raiz” são vistas quase que exclusivamente nos aeroportos, ambiente que pouco frequento.
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Quando encontro aquela maravilhosa e colorida exposição de livros, revistas e compêndios, o prejuízo no bolso é garantido. As revistas têm um fascínio incrível sobre este calejado jornalista. Já não curto as edições semanais – tipo Veja, IstoÉ, Carta Capital – porque a grenalização política tirou meu ânimo e exterminou o espírito jornalístico que inspirou essas revistas.
Quase todas essas publicações – infelizmente! – estão engajadas politicamente, em parte isso é consequência dos milhões de reais gastos mensalmente em publicidade oficial. Isso é fato rotineiro tanto no Palácio do Planalto quanto no Palácio Piratini. É como se os governos tivessem produtos comerciais à venda que necessitam de propaganda massiva todos os dias, nos mais variados veículos de comunicação. Na realidade, é publicidade pessoal com o dinheiro dos impostos.
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Outro ambiente onde é impossível resistir são as padarias e confeitarias. Mesmo sem apetite acabo consumindo. É impossível resistir! Como no caso de um pastel de carne no capricho. Apesar dos riscos com o calor, sou apreciador apaixonado.
Segundo reza o “doutor Google”, pastel “é um alimento composto por uma massa à base de farinha, que é frita ou assada e contém um recheio doce ou salgado. É um dos alimentos mais frequentemente encontrados em carrinhos de rua e centros de comércio popular em diferentes países”.
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Quando vou a Arroio do Meio, é parada obrigatória chegar à Casa do Mel, no quilômetro 385 da BR-386, pouco antes da antiga balança, no sentido Capital-Interior. Minha presença ao local é tão frequente que as atendentes me chamam pelo nome. Isso agiliza o atendimento porque nem sequer preciso fazer o pedido: o pastel quentinho com café preto chega rapidinho.
Há outros lugares irresistíveis, mas isso é assunto para outras colunas. Baita findi a todos!
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