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ROSE ROMERO

De novo, e de novo e de novo

Ganhei um teste genético. Desses que apontam nossa propensão hereditária para isso e aquilo: tenho chances aumentadas de ganhar peso? De sofrer um infarto? De ser intolerante à lactose ou desenvolver Alzheimer? É um levantamento interessante, mas ainda limitado. Além disso, não se pode esquecer o óbvio: não adianta herdar uma saúde de ferro se você não se ajudar.

Os tais testes também oferecem um mapa com a ancestralidade do cliente. Quanto temos de indígena americano, de africano, de europeu, de oriental, e assim por diante. Os números costumam causar surpresas. Pessoas muito brancas descobrem que têm ancestrais africanos ou indígenas, por exemplo. E pessoas negras, que têm ancestrais europeus. Eu tenho um mapa-múndi no meu DNA, incluindo povos do Oriente Médio e judeus.

Não sei a utilidade prática disso. Acho muito mais divertido aprender sobre nossa semelhança genética com outros seres vivos. Somos entre 95% e 99% idênticos a determinadas espécies de macacos e algo entre 85% e 95% idênticos aos ratos. Aliás, em se tratando de mamíferos, somos todos parentes. E não somos tão diferentes dos insetos, das aves e das plantas. Diz a ciência que nós, Homo sapiens, compartilhamos 40% do DNA com os repolhos. Até com os repolhos, vejam só.

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Somos os seres mais inteligentes sobre a Terra. Surgimos há uns 200 mil anos na África e saímos pelo mundo sem passagem de volta. Criamos sociedades complexas, inventamos a roda, a escrita, os motores, o futebol e as tatuagens. Inventamos também a vaidade, a arrogância, a ganância e uma incrível disposição para disparar mísseis.

Há algumas semanas terminei de ler as memórias de Winston Churchill sobre a Segunda Guerra. Ainda que eu já tivesse as informações básicas sobre o conflito, fiquei impactada com a obra. As pessoas vão morrendo aos milhares. Três mil em uma batalha, mais outras tantas em outra… Uma contabilidade de perdas inimaginável. Uma avalanche de dor e desespero. E não faz nem 100 anos. Mais de uma vez fechei o livro e exclamei: “Meu Deus, eles estavam todos loucos”.

O mesmo pensamento voltou com as notícias sobre o horror em Israel e Gaza. Não bastam a violência cotidiana e as guerras menos visíveis que a mídia abandona por falta de audiência. A cada dia o mundo parece mais pesado, a diplomacia menos competente, o ódio maior.

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