Ressignificar a luta contra o câncer de mama a partir de mulheres reais. Essa é a proposta da campanha Decididas, da Associação de Apoio a Pessoas com Câncer (Aapecan). O projeto, em nível estadual, busca destacar a beleza e a resiliência de pacientes em diferentes estágios da doença a partir da exposição de um ensaio fotográfico.
Em Santa Cruz do Sul, Eliane da Silva, Marilene Dias, Flávia Bolson e Nelci Maria Wlach tiveram a missão de representar a força feminina e de ser fonte de inspiração. A iniciativa contou ainda com a parceria da fotógrafa Luisa Pretzel e da maquiadora Neiziane Araújo.
A campanha foi divulgada no início do mês em alusão ao Outubro Rosa. “A ideia é mostrar que ser forte não exclui ser delicada. Pelo contrário, é nessa mistura que mora o verdadeiro empoderamento. Cada fotografia traz um símbolo de vitória, beleza e autenticidade, inspirando-as a olharem para si mesmas com amor, coragem e esperança”, reflete a assistente social da Aapecan, Claudia Lunardi Fernandes.
Publicidade
LEIA TAMBÉM: Caderno Elas: Márcia Wink dedica quatro décadas de amor à Oktoberfest
Depois do lançamento, os quadros começaram a circular pela cidade. Alguns seguem na sede da Aapecan e outros foram levados para palestras da entidade. As fotos também são utilizadas nas redes sociais como alerta à prevenção do câncer de mama.
Flávia Bolson

O toque também foi essencial para que a nutricionista Flávia Bolson, 41 anos, identificasse a doença. Quando descobriu, em julho de 2024, o nódulo já estava palpável e ela sabia que deveria buscar ajuda médica o quanto antes. “Não foi fácil, em um primeiro momento bate o desespero, ficamos sem chão.” Flávia segue no tratamento do câncer. É visível o quanto faz questão de enfrentar a doença com sorriso no rosto. Os amigos dizem que ela “ficou doente sem adoecer”. Isso porque prioriza sua autoestima, o autocuidado e atividades que lhe fazem bem. Para Flávia, participar da campanha é uma forma de destacar a força e o exemplo para outras mulheres que passam pelo processo.
Publicidade
Eliane da Silva

A funcionária pública municipal Eliane da Silva, de 45 anos, descobriu um caroço em um sábado de manhã, em setembro de 2024. Ela recorda que acordou para tomar banho e logo identificou o nódulo na mama esquerda. “Depois de descobrir, procurei o posto de saúde. O médico pediu uma biópsia urgente e o resultado foi maligno.”
Manter a mente ocupada e confiante motivou-a a ter resiliência no processo. Hoje ela segue o tratamento com consultas e exames de acompanhamento. Para Eliane, a ação da Aapecan é essencial. “O principal é que não esqueçamos de nós. Somos todas mulheres lindas e vencedoras.”
Nelci Maria Wlach

A aposentada Nelci Maria Wlach, 66 anos, descobriu a doença em 2021, após um emagrecimento repentino. Depois percebeu uma íngua (aumento dos gânglios linfáticos) e buscou entender o que poderia ser. “Foi muito difícil, fiquei muito debilitada, mas precisei gostar de mim, ter fé e acreditar.”Hoje, com o câncer controlado, ela é grata pelos médicos, pelo autocuidado que teve e a Deus, a quem dedicou sua fé.
Marilene Dias

Marilene Dias, de 55 anos, é confeiteira. Aos 51, ela passou pelo “pior dia de sua vida”, como classifica. Ela constatou o nódulo depois de realizar o autoexame durante o banho. Com histórico de câncer na família, Marilene realizava exames periodicamente, o que foi essencial para o descobrimento da doença em estágio inicial.
Na mesma semana, já buscou profissionais para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento. O descobrimento precoce, a crença na medicina e o apoio da família foram essenciais para o seu processo. “É uma batalha. Tinha dias em que pedia a Deus para me ajudar a suportar a dor da quimioterapia.” Hoje, a doença está controlada. Marilene recebe remédios para seguir os cuidados e reforça a importância de continuar sorrindo.
Publicidade
LEIA MAIS NOTÍCIAS DA EDITORIA ELAS
QUER RECEBER NOTÍCIAS DE SANTA CRUZ DO SUL E REGIÃO NO SEU CELULAR? ENTRE NO NOSSO NOVO CANAL DO WHATSAPP CLICANDO AQUI 📲. AINDA NÃO É ASSINANTE GAZETA? CLIQUE AQUI E FAÇA AGORA!
Publicidade