O dia inicial do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de sete aliados pela 1ª turma do Supremo Tribunal Federal (STF) teve a argumentação de advogados de quatro réus: Mauro Cid, Alexandre Ramagem, Almir Garnier e Anderson Torres. Eles apontaram o que consideram falhas cometidas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que elaborou o texto de acusação.
O procurador Paulo Gonet reforçou a ideia de que houve uma tentativa de manter a base de apoiadores do ex-presidente, que estava insatisfeita com a derrota eleitoral em 2022. Essa comoção social, apontou, seria necessária para a aplicação de medidas para a ruptura do processo democrático.
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Em seguida, mencionou reuniões no Palácio do Alvorada em que os réus teriam discutido minutas de decreto golpista, com o objetivo de estabelecer um regime de exceção no País, e o plano que consistia nos assassinatos do ministro do STF, Alexandre de Moraes, e do presidente e do vice eleitos, Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin.
Antes de Gonet, o rito do julgamento contou com a apresentação do relatório do ministro Moraes e do presidente da 1ª turma, Cristiano Zanin, o qual passou a comandar os trabalhos, que se estenderam até próximo das 18 horas.
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À tarde houve as falas dos advogados. Jair Pereira, que defende o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, defendeu a manutenção da delação premiada a que teve direito o seu cliente.
O ex-senador Demóstenes Torres atuou em nome de Ramagem, reforçando que ele não colocou a Marinha à disposição no caso de decreto de estado de sítio. O advogado de Torres negou envolvimento de seu cliente, e o de Ramagem afirmou que ele compilava pensamentos de Bolsonaro.
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